Luís Campos promete mexidas no Gil Vicente

5 dez 2000, 20:22

Sem jogadores emprestados pelos grandes, treinador vai apostar em jovens valores A aposta passava por Mahon, Romeu e Pavlin, mas nenhum aceitou o desafio dos gilistas. Deparado com esta realidade, o técnico afirma ter decidido contratar jovens jogadores de divisões inferiores, em Ricardo Lopes e em Rui Jorge, uma promessa de apenas 17 anos formado nos escalões do clube.

O mau campeonato do Gil Vicente já obrigou a várias reflexões por parte de dirigentes e treinadores. Com Álvaro Magalhães as coisas não correram nada bem e a equipa quedou-se sempre pelos últimos lugares da classificação, mas o técnico só saiu porque houve um convite do V. Guimarães. 

A solução foi contratar Luís Campos, que logo inventariou necessidades e definiu estratégias para o futuro, tendo em vista a manutenção na I Liga. Os primeiros a sair foram Sadjó e Dário e a equipa viu-se reduzida aos elementos essenciais. Era, então, necessário partir para a contratação de alguns jogadores e a prioridade foi solicitar o empréstimo de alguns atletas aos clubes grandes. 

Luís Campos apontou Romeu, Mahon e Pavlin como soluções, mas nenhuma se concretizou. Enquanto o primeiro nem sequer foi colocado em cima da mesa, porque o F.C. Porto considera-o imprescindível para o plantel, os dois últimos não aceitaram ser cedidos ao Gil Vicente. 

Goradas estas hipóteses, o treinador não se deixou adormecer e apontou novos horizontes. «O futuro pode passar por Ricardo Lopes, que deverá assinar nas próximas horas, por dois jogadores jovens que actuem em divisões inferiores, e no médio esquerdo Rui Jorge, que terá mais oportunidades», revelou Luís Campos esta tarde. O último nome referenciado pelo treinador trata-se de um jogador de apenas 17 anos, que actua na equipa júnior e na Selecção Nacional sub-18, que inclusivamente cumpriu o estágio de pré-época com o plantel. As qualidades de Rui Jorge convenceram o técnico, que agora pretende apostar nas suas características em função da equipa. 

A aposta em jovens «que queiram dar tudo e tenham vontade de triunfar» é assumida por Luís Campos, uma vez que é «impossível chegar aos jogadores dos clubes grandes» e não é do seu agrado contratar brasileiros ou argentinos. «Não me interessa contratar por cassete, aliás considero má política enveredar por esse caminho porque esses atletas necessitam sempre de dois meses de adaptação ao futebol português e o Gil não tem esse tempo», reafirma.

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