Conceição: «Os jogadores desfrutam em campo, mas não é malabarismo»

Sérgio Pires , Estádio do Dragão, Porto
14 jan, 23:35

FC Porto-Sp. Braga, 2-0 (reportagem)

Declarações do técnico do FC Porto Sérgio Conceição na conferência de imprensa, após a vitória frente ao Sp. Braga, na 17.ª jornada da Liga:

«Fomos uma equipa sólida, com o mesmo onze [em relação ao jogo com o Estoril], mas com nuances diferentes. Sabíamos da capacidade do Sp. Braga no seu processo ofensivo, mas fomos humildes e rigorosos. Depois dessa solidez defensiva, temos muita qualidade. Houve nuances do jogo como o Evanilson a baixar, o Pepê também a meter-se nas costas dos adversários, muita largura por parte dos nossos alas. Neste momento, os jogadores desfrutam em campo, e isso sente-se. Desfrutar não é malabarismo, mas sim rigor, concentração naquilo que se quer. Perceber o que fazemos estrategicamente para anular os pontos fortes do adversário. Foi um bom jogo nesse sentido.»

[4-2-3-1 é o modelo tático ideal para o FC Porto?] «Trabalhamos em cima dos jogos que fazemos. Jogo após jogo temos situações diferentes e há os momentos de forma dos jogadores. Jogando com os alas por dentro como já aconteceu criámos muitas situações, mas não fomos tão eficazes em termos ofensivos. Estamos cá para isso. Para encontrar soluções dentro de uma base inegociável: ritmo de jogo alto e intensidade para ganhar os duelos. Neste momento, a equipa está bem. Não digo o onze que joga, mas o grupo de trabalho. Ano após ano é difícil porque vão saindo uns jogadores e entrando outros e as coisas não acontecem com um estalar de dedos. É preciso trabalho, persistência e acreditar no que se faz.»

[Nova era. Está a reinventar a equipa?] «Nestes anos já tive tantos momentos, tantas equipas...Se jogar com dois alas como estamos a jogar neste momento, que jogam no espaço, temos de ter obrigatoriamente mais alguém por dentro e isso cria uma dinâmica diferente na equipa. A forma como defendemos também é diferente. Estamos cá para isso. Ao longo destes anos vamos modificando, vamos percebendo o que a equipa necessita, que erros estamos a cometer. É o nosso trabalho.»

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