FC Porto explica o que levou a antecipar as receitas dos contratos televisivos

19 fev, 13:37
FC Porto-Rio Ave (Manuel Fernando Araújo/Lusa)

Al Nassr não conseguiu corresponder às exigências do banco no negócio de Otávio e os dragões tiveram de optar por outra solução

Fernando Gomes, administrador financeiro da SAD do FC Porto, explicou os motivos que levaram os portistas a anteciparem os créditos de dois anos das receitas do contrato de direitos televisivos.

Segundo o dirigente, essa decisão teve de ser tomada depois de o Al Nassr não ter conseguido corresponder às exigências financeiras do banco para pagar duas tranches da transferência de Otávio, que deveriam ser antecipadas para os portistas suportarem as despesas da atual temporada.

«Otávio foi vendido por 60 milhões de euros. As condições de pagamento eram: 20 milhões na assinatura de contrato, foi cumprido, 20 milhões a pagar a 1 de julho 2024 e 20 milhões a pagar em 1 de julho de 2025. Precisávamos de antecipar os 40 milhões que faltavam para lidar com as despesas desta época. Logo na altura consultámos os principais parceiros internacionais em matéria de financiamento, foi-nos dito que não haveria dificuldades, mas esses mesmos bancos que inicialmente nos garantiram que não haveria problemas, começaram a notar que o Al Nassr se mostrava incapaz de corresponder às exigências do banco. No contrato que fizemos havia uma rubrica em que o Al Nassr se comprometia a pagar ao banco em vez de ao FC Porto. Contra todas as expectativas isso não aconteceu e tivemos de corrigir esta falta de liquidez prevista no planeamento financeiro. O que tínhamos à mão eram os direitos televisivos, fomos buscar os direitos de dois anos», disse Fernando Gomes, citado pelo jornal O Jogo.

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