Nakajima: «Não me arrependo da recusa em treinar no FC Porto»

7 set 2022, 10:31
Futebolistas do FC Porto voltam a treinar no Olival (FC Porto)

Jogador nipónico lembrou a situação que viveu nos dragões em 2020, aquando do aparecimento da covid-19

Shoya Nakajima abordou pela primeira vez publicamente a decisão de se ter recusado a treinar no FC Porto em 2020, aquando do regresso dos dragões ao trabalho no Olival após o primeiro confinamento imposto pela pandemia da covid-19.

O jogador nipónico, que ainda está ligado ao clube azul e branco, justificou a opção com os problemas de saúde da esposa e com a filha, na altura bebé.

Na altura, eu não sabia o que era o novo coronavírus e ainda não havia cura. A minha esposa tem asma há muito tempo e havia a ameaça de uma pneumonia. Aliás, no início algumas pessoas morreram de pneumonia, e a minha filha ainda era pequena. Ainda assim, quando a equipa retomou as atividades, treinei durante duas semanas», começou por dizer, em entrevista ao GOETHE.

«No início, treinávamos em grupo, mas depois começámos a treinar todos juntos. Tínhamos duas salas separadas, mas não estávamos socialmente distantes. A minha mulher estava doente na altura, por isso se apanhasse covid-19, punha a minha família em risco. Não queria ver a minha esposa e a minha filha a sofrerem, por isso dei um passo atrás», continuou.

Nakajima garante que não se arrepende dessa decisão, que acabou por afastá-lo das opções do treinador Sérgio Conceição.

«O médio disse que havia 99,9 por cento de hipóteses de não acontecer nada, mas depois perguntei-lhe se ele podia garantir o mesmo se a minha família ficasse infetada com o vírus. (...) Não participei nos treinos, perdi a minha posição na equipa, mas não me arrependo. Estou fora da seleção do Japão, mas se precisarem de mim e eu estiver bem, tenho a certeza de que serei convocado.»

Ainda ligado ao FC Porto, Nakajima esteve cedido ao Portimonense na época passada, mas neste mercado não encontrou um novo clube. «Se pudesse escolher, gostava de jogar numa liga de um país que é bom para criar filhos», confessou.

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