João Sousa: o «adeus pela porta grande» e o olhar sobre a próxima geração

30 mar, 11:30
João Sousa (EPA/KIMMO BRANDT)

Tenista vimaranense vê no Estoril Open a oportunidade ideal para deixar a competição profissional «abraçado» pelo carinho dos compatriotas

Em casa e com direito a passagem de testemunho. O Estoril Open deste ano, o último torneio da carreira de João Sousa, será, certamente, carregado de simbolismo e emoção. Ao lado de Nuno Borges e Henrique Rocha, o tenista, de 35 anos, prepara-se para uma «edição muito especial».

«É um torneio que me diz muito, no qual fui muito feliz em 2018 e consegui vencer, e por ser em casa e com o carinho do público. Espero ter esse carinho, já por si só especial», começou por dizer, à Lusa.

Ao fim de 17 anos de carreira, o vimaranense, outrora número 28 do mundo, garante ter preparado bem o derradeiro torneio, apesar da desistência no «challenger» de Girona.

«Estão a ser dias especiais, por serem os últimos, mas estou a preparar o Estoril Open como tenho vindo a preparar todos os torneios da minha vida, com a maior ambição. Sinto-me bem a jogar», anotou.

Enquanto João Sousa prepara o «adeus» ao ténis profissional, Nuno Borges e Francisco Cabral já são dois embaixadores de Portugal, com posição alicerçada no circuito ATP.

«Ainda me lembro da primeira vez que participei no Estoril Open, ainda sem adeptos e bancadas, se calhar, foi por isso que correu tão bem. É um torneio muito especial para os portugueses e é uma pena não haver sinais de que o torneio vá continuar [em 2025]», lamentou Nuno Borges.

Aos 27 anos, o tenista capitalizou a saída precoce dos Masters 1000 de Miami, a fim de se preparar para os torneios em terra, uma superfície que admite apreciar. Aliás, Nuno Borges garante que se sente «mais bem preparado e em melhor forma» a cada ano. Natural da Maia, o n.º 61 do mundo integra o Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis.

E quanto à prova de pares, na qual Nuno Borges partilhará campo com Francisco Cabral, o maiato aponta a «expectativas um bocadinho mais altas».

«Ganhámos aqui há dois anos e gostávamos de revalidar o título. Sabemos que é difícil e todos os anos os adversários são diferentes. Mas, sinto que é possível. Nesse ano, estava a sair tudo bem e não podemos estar à espera que saia tudo exatamente igual. Temos de estar prontos para lidar com as adversidades», atirou Borges.

Importa lembrar que, há duas semanas, Nuno Borges revalidou o título do «challenger» de Phoenix, ao derrotar na final o italiano Matteo Berrettini. Por sua vez, Francisco Cabral é 54.º no ranking ATP.

Última nota para o jovem Henrique Rocha, que fará a sua segunda participação no quadro principal do Estoril Open, à boleia do «wild card», um prémio pela recente conquista do título no «challenger» de Múrcia.

O Estoril Open decorre entre este sábado e 7 de abril (domingo), no Clube de Ténis do Estoril. A fase de qualificação realiza-se até este domingo. O norueguês Casper Ruud, número oito do mundo, vai defender o título de singulares.

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