Libertados cinco cidadãos americanos que estavam detidos no Irão

CNN Portugal , PF; MJC
18 set 2023, 17:02
Troca de prisioneiros Irão - Estados Unidos: Siamak Namazi, Emad Sharghi e Morad Tahbaz (AP)

Acordo também envolve a libertação de cinco iranianos sob custódia dos EUA

Já foram libertados os cinco cidadãos americanos que estavam detidos no Irão.

De acordo com a CNN Internacional, as cinco pessoas viajaram no avião do governo do Catar e aterraram em Doha, capital do emirado, de onde deverão seguir ainda esta segunda-feira para Washington D.C..

As identidades de dois dos cinco americanos libertados não foram reveladas. Os restantes três - Emad Shargi, Morad Tahbaz e Siamak Namazi – estavam detidos há mais de cinco anos, com este último a estar sob custódia iraniana desde 2015.

Citado pela Reuters, o secretário de Estado Antony Blinken afirmou ter conversado com os cinco prisioneiros libertados. "Posso dizer-vos que foi uma conversa emotiva para eles e para mim”, revelou aos repórteres.

O presidente Joe Biden também celebrou a troca de prisioneiros entre Washington D.C. e Teerão. "Estou grato aos nossos parceiros nacionais e estrangeiros pelos seus esforços incansáveis para nos ajudar a alcançar este resultado, incluindo os governos do Catar, Omã, Suíça e Coreia do Sul."

A troca de prisioneiros faz parte de um acordo mais amplo entre os dois países. Nos termos do acordo entre os EUA e o Irão, 6 mil milhões de dólares em fundos iranianos que tinham sido mantidos em contas bloqueadas na Coreia do Sul serão transferidos para contas em bancos no Catar. De acordo com as fontes ouvidas pela CNN, os fundos vieram da venda de petróleo, em operações permitidas durante a administração Trump. Funcionários da administração Biden sublinharam que os fundos transferidos para as contas no Catar só poderão ser utilizados pelo Irão para compras humanitárias e cada transação será monitorizada pelo Departamento do Tesouro dos EUA.

O acordo também envolve a libertação de cinco iranianos sob custódia dos EUA.

A libertação dos americanos representa um avanço diplomático significativo após anos de complicadas negociações indiretas entre Washington e Teerão.

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