A construção da igreja foi levada a cabo ilegalmente durante 137 anos, até 2019, altura em que foi finalmente emitida uma licença de construção pela Câmara Municipal de Barcelona. As autoridades só descobriram a "anomalia" de nunca ter sido concedida uma licença de planeamento em 2016
A Sagrada Família, em Barcelona, ficará finalmente concluída em 2026, mais de 140 anos após o início da construção, confirmaram as autoridades.
A construção da última das seis torres marcará a conclusão da estrutura da basílica, anunciou na semana passada a organização responsável pela gestão do sítio.
"Prevê-se que a Capela da Assunção esteja concluída em 2025 e a torre de Jesus Cristo em 2026", afirmou a Sagrada Família num comunicado em que anunciava a publicação do seu relatório anual de 2023.
A torre de Jesus Cristo terá 172,5 metros de altura e será finalizada com uma cruz de quatro braços de 17 metros de altura, segundo a catedral.
Quando estiver concluída, a Sagrada Família tornar-se-á a igreja mais alta do mundo, ultrapassando a Catedral de Ulm, na Alemanha.
A construção começou em 1882, de acordo com um projeto liderado pelo célebre arquiteto catalão Antoni Gaudí, que decidiu que a estrutura monumental teria 18 enormes torres em forma de fuso, cada uma simbolizando uma figura bíblica diferente - os 12 apóstolos, os quatro evangelistas, a Virgem Maria e Jesus.
Quando Gaudí morreu, em 1926, estimava-se que apenas 10% a 15% do projeto tivesse já sido construído, incluindo um transepto, uma cripta e parte da parede da abside.
A construção, já de si lenta, foi interrompida no final da década de 1930 pela Guerra Civil Espanhola, quando a maioria dos desenhos e modelos de Gaudí - cujo túmulo se encontra por baixo da catedral - foram destruídos.
Os projectos actuais baseiam-se em materiais sobreviventes e reconstruídos, bem como em adaptações reimaginadas do original.
Em 1984, o edifício foi classificado como Património Mundial da UNESCO e foi consagrado pelo Papa Bento XVI para o culto religioso em 2010.
A construção da igreja foi levada a cabo ilegalmente durante 137 anos, até 2019, altura em que foi finalmente emitida uma licença de construção pela Câmara Municipal de Barcelona. As autoridades só descobriram a "anomalia" de nunca ter sido concedida uma licença de planeamento em 2016.
