E-toupeira: leitura da sentença adiada pela quarta vez

25 jan 2023, 14:27
Casos que se arrastam. E-toupeira, e-mails, vouchers, Mala Ciao. Os nomes de cada um destes processos, todos associados ao Benfica, tornaram-se familiares, alimentam acusações e suspeitas, mas ainda esperam por apuramento na justiça. O primeiro irá a julgamento, com Paulo Gonçalves como principal arguido e sem acusação à SAD do Benfica. O segundo teve uma decisão cível que condenou o FC Porto pela divulgação dos e-mails, mas ainda não tem desfecho judicial. Enquanto não se apuram os factos, a nebulosa em torno do futebol português adensa-se.

Em causa a greve dos oficiais de justiça. Ainda não há nova data

A leitura do acórdão do processo e-toupeira, marcada para esta quarta-feira, foi adiada pela quarta vez, não tendo nova data marcada.

Em causa está a greve dos oficiais da justiça, confirmou fonte do Juízo Central Criminal de Lisboa, levando a um novo adiamento da sentença.

A decisão do tribunal chegou a estar agendada para 4 de novembro de 2022 e foi sucessivamente adiada, primeiro para 9 de janeiro deste ano, depois para 23 e, por último, para esta quarta-feira, voltando a não concretizar-se.

Cerca de um ano e quatro meses depois do início do julgamento, A 29 de setembro de 2021, o ex-assessor jurídico do Benfica Paulo Gonçalves e os funcionários judiciais José Augusto Silva e Júlio Loureiro ainda não conhecem, assim, a decisão do tribunal.

Paulo Gonçalves está acusado de seis crimes de violação do segredo de justiça, 21 de violação de segredo por funcionário, nove de acesso indevido, nove de violação do dever de sigilo, em coautoria, além de um crime de corrupção ativa, dois de acesso indevido e dois de violação do dever de sigilo.

O funcionário judicial Júlio Loureiro está acusado de um crime de corrupção passiva, enquanto o funcionário judicial José Augusto Silva responde por um crime de corrupção passiva, seis de violação do segredo de justiça, 21 de violação de segredo por funcionário, nove de acesso indevido, nove de violação do dever de sigilo, 28 de acesso ilegítimo e um de peculato.

O caso e-toupeira remonta a 2018, quando o MP acusou os dois funcionários judiciais, Paulo Gonçalves e a SAD do Benfica de vários crimes. Contudo, em dezembro desse ano, a decisão instrutória acabou por não pronunciar para julgamento a SAD encarnada.

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