Ventura nomeia Pacheco Amorim como candidato a vice-presidente da AR

3 fev 2022, 19:00

Também esta quinta-feira a Iniciativa Liberal nomeou João Cotrim Figueiredo, o líder do partido, como candidato a exercer o cargo de vice-presidente da Assembleia da República

André Ventura nomeou esta quinta-feira Diogo Pacheco de Amorim para ser candidato a vice-presidente da Assembleia da República. 

Numa intervenção aos jornalistas, André Ventura disse que Diogo Pacheco de Amorim, deputado eleito pelo círculo do Porto, "tem provas dadas na vida, percurso político e em vários partidos".

"Quer no parlamento quer fora dele tem sido uma presença construtiva, dialogante e muitas das vezes capaz de estabelecer pontes. É para nós um grande orgulho, penso que vai prestigiar a democracia portuguesa que Diogo Pacheco de Amorim seja aprovado como vice-presidente da Assembleia da República", afirmou o líder do Chega.

André Ventura afirmou que "alguns partidos querem inviabilizar uma escolha que deriva da lei", sendo que garantiu que o seu partido "não se vai deixar ficar, nem será condicionado pelo boicote que querem fazer desta vez". "Não me passa pela cabeça que possa existir qualquer conspiração ou organização dentro da Assembleia da República para impedir o vice-presidente do Chega ser nomeado", considerou.

"Os quatro maiores grupos parlamentares sempre, ou quase sempre, indicaram, elegeram e fizeram aprovar o seu vice-presidente. Seria um mau começo de legislatura, seria uma imagem tremenda de tirania e um desrespeito pelos eleitores que escolheram uma ordem específica dos partidos mais votados", afirmou.

A nomeação de André Ventura surge depois de Jerónimo de Sousa ter afirmado que “não será com os votos” da bancada comunista na Assembleia da República que o Chega vai conseguir eleger um vice-presidente. Questionado pelos jornalistas sobre se o PCP vai fazer alguma coisa para “travar” a eleição de um vice-presidente do Chega no arranque da próxima legislatura, Jerónimo de Sousa respondeu que “nem travar, nem destravar”.

“Quero afirmar com clareza que não será com os votos do PCP que o Chega terá esse lugar institucional”, sustentou.

Já Rui Rio, questionado se considera legítimo que o Chega proponha um vice-presidente para o parlamento, respondeu que “em termos regimentais, seguramente”. “O povo votou e deu uma dada hierarquia, isto não há que distorcer aquilo que o povo determinou e dar a volta ao regimento porque não gostamos daquilo que o povo votou. Agora, quanto ao resultado final, não há nenhum deputado nos 230 que possa garantir o que quer que seja”, afirmou aos jornalistas após ter sido recebido por Marcelo Rebelo de Sousa esta quarta-feira.

Também esta quinta-feira a Iniciativa Liberal nomeou João Cotrim Figueiredo, o líder do partido, como candidato a exercer o cargo de vice-presidente da Assembleia da República.  

O artigo 23.º do Regimento da Assembleia da República estabelece que cabe a cada um dos quatro maiores grupos parlamentares propor um dos vice-presidentes da Mesa e aos partidos com um décimo ou mais dos deputados propor pelo menos um secretário e um vice-secretário.

Nos termos do mesmo artigo, "consideram-se eleitos os candidatos que obtiverem a maioria absoluta dos votos dos deputados em efetividade de funções".

"Se algum dos candidatos não tiver sido eleito, procede-se de imediato, na mesma reunião, a novo sufrágio" para o respetivo lugar, sendo que, estando "eleitos o presidente e metade dos restantes membros da Mesa, considera-se atingido o quórum necessário ao seu funcionamento".

 

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