6 dicas para cuidar bem do seu dinheiro nas férias

ECO - Parceiro CNN Portugal , Luís Leitão
23 jul 2023, 12:00
Cartão de Crédito

Tome note de meia dúzia de dicas para a sua carteira que prometem poupar-lhe tempo, dinheiro e chatices nas próximas férias além-fronteiras

É provável que a esta hora já tenha tudo planeado: hotel reservado, bilhetes de avião comprados, planos de atividades orientados, restaurantes marcados, locais a visitar definidos. E se fez tudo isto com tempo, terá com certeza conseguido poupar uma boa maquia.

Mas para que este esforço não acabe em vão, é importante dedicar algum tempo a preparar as suas finanças antes de embarcar até ao paraíso para reduzir o stress depois de aterrar e, sobretudo, para evitar dores de cabeça no regresso a casa.

É comum as pessoas esquecerem-se de precaver uma série de decisões antes de irem de férias, que podem poupar-lhes tempo, dinheiro e chatices. Ter um cartão de crédito recusado porque o banco suspeitou de uma cobrança internacional fraudulenta pode arruinar um jantar durante as férias, por exemplo. Ou não trocar o dinheiro que resta das férias antes de sair de um país de “moeda fechada” pode obrigá-lo a deixar para trás uma quantia significativa de dinheiro. Pode até ter problemas após regressar a casa, se descobrir que lhe foram cobradas várias taxas de multibanco e de transações internacionais.

Para afastar todas estas maleitas da sua carteira, tome note de seis dicas que prometem retirar preocupações e ajudá-lo a ter umas férias tranquilas.

1. Usar notas e moedas

O dinheiro em numerário é uma das formas de pagamento mais económicas e convenientes quando se está fora do país, mas há algumas considerações importantes a ter em conta. Por exemplo, terá de conhecer a taxa de câmbio e saber se se trata de um país de “moeda fechada”, como Marrocos, Tunísia ou Cuba, o que significa que o dinheiro não pode ser trocado fora das fronteiras. Isto obriga a que tenha de gastar ou trocar qualquer moeda estrangeira destes países antes de partir para casa.

2. Câmbios de referência

Viajar para um país que não tenha o Euro como moeda oficial obriga a que tenha de saber quantos euros correspondem na moeda local. Há várias aplicações para smartphones que o ajudam nesta tarefa, como é o caso do XE Currency Converter ou o Currency converter plus. O Banco de Portugal também tem um conversor de moedas, que apesar de não estar disponível sob a forma de aplicação pode ser acedido pelo seu site. O Banco Central Europeu também não tem uma aplicação, mas todos os dias, pelas 15 horas, publica a taxa média de câmbio do Euro face a 30 divisas, com base num procedimento de concertação diária entre os bancos centrais da Europa. Procure consultar a taxa de câmbio média do Euro face à moeda do país para onde irá viajar antes de ir de férias e leve no seu smartphone uma destas aplicações, para o ajudar na hora de converter os seus euros.

3. Conversão de dinheiro

        Levar consigo euros e convertê-los no destino é sempre preferível do que optar por carregar consigo moeda estrangeira, sobretudo se for uma divisa pouco comum. É natural que tanto o seu banco como qualquer casa de câmbio, em virtude da baixa procura por essa moeda acabe por cobrar uma comissão elevada ou pior, esteja a praticar um preço bem acima da taxa de câmbio média. Opte por converter entre 50 a 100 euros logo no aeroporto de destino para fazer face às primeiras despesas e depois procure uma casa de câmbios oficial na cidade (normalmente os roteiros de viagens fazem algumas sugestões) ou mesmo no hotel onde está hospedado para trocar o dinheiro. Com base na lei da oferta e da procura, é muito provável que as taxas no aeroporto sejam mais penalizadoras para a sua carteira do que as praticadas na cidade, onde a concorrência é maior.  

     4. Compras com cartão

As taxas de câmbio utilizadas pelos cartões de crédito da Mastercard e Visa (as duas referências de cartões bancários) são mais vantajosas do que qualquer casa de câmbios onde troque dinheiro. O problema que se coloca na utilização destes cartões quando faz uma compra no estrangeiro é as comissões cobradas pelo seu banco pela sua utilização num terminal de pagamento (TPA) ou numa caixa de levantamento (ATM) além-fronteiras. Segundo a legislação europeia, os pagamentos efetuados com cartões na União Europeia estão abrangidos pelo princípio da igualdade de encargos, ou seja, os bancos não podem cobrar comissões diferentes pela utilização do cartão em qualquer país da União Europeia diferente das comissões que cobram em Portugal, desde que a transação seja feita em euros. A questão coloca-se quanto viaja para fora da comunidade europeia. E nesse caso é importante consultar o preçário. Há alguns cartões que já isentam o pagamento das comissões associadas às transações realizadas no estrangeiro, mas há muitos que chegam a cobrar elevadas comissões. Se o seu cartão for amigo da sua carteira, opte sempre por pagar com ele. Caso contrário opte por pagar em dinheiro.

5. Cuidado com os “amigos do alheio”

Tenha cuidado onde passa o seu cartão de débito e de crédito. Não corra riscos desnecessários. Procure fazer levantamentos apenas em ATM localizados em espaços fechados (aeroportos, hotéis, agências bancárias), que possam ser vigiados e monitorizados constantemente, e faça apenas pagamentos em lojas seguras. E nunca, mas nunca perca de vista o cartão numa loja ou num restaurante. Peça sempre o terminal de pagamento ou dirija-se à zona de pagamento para passar o cartão. O risco de clonagem de cartões é real e continua a crescer.

6. Informe o seu banco

Atualmente, as “batalhas” entre vigaristas e instituições financeiras podem criar alguns danos colaterais inesperados nas suas férias. Os bancos, por segurança, podem bloquear rapidamente a sua conta bancária ou o seu cartão de crédito após constatarem que estão a ser feitas compras ou levantamentos da sua conta num país estrangeiro. Para evitar estas situações, contacte o seu gestor de conta e diga-lhe que irá ausentar-se uns dias para fora do país e garantir que os seus contactos no banco estão atualizados para que, caso o seu banco necessite de o contactar sobre uma qualquer transação não o deixe envergonhado com uma mensagem de “não autorizado” no ecrã de um TPA.

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