Desp. Chaves: 2.500 adeptos festejaram com jogadores e treinadores

30 mai 2022, 08:21
A festa da subida do Chacves

Equipa chegou já de madrugada, mas adeptos não arredaram pé do estádio

O Desportivo de Chaves foi recebido na última madrugada no seu estádio por cerca de 2.500 adeptos, que esperaram pelos jogadores e treinadores para fazerem a festa do regresso à I Liga em conjunto.

Apesar da hora adiantada, mais de dois milhares de adeptos esperaram pelo regresso da equipa desde Moreira de Cónegos, onde asseguraram a subida ao principal escalão, ao vencerem o play-off frente ao Moreirense.

Depois dos festejos por toda a cidade, os flavienses, equipados a rigor, concentraram-se no estádio, deixando a bancada central coberta e a bancada topo sul bem compostas, à espera da estrutura que se encontrava em viagem.

A entrada do plantel transmontano levou ao rubro os adeptos, que rapidamente invadiram o relvado para os festejos em conjunto, onde não faltou música, foguetes e muitas fotografias e selfies com os novos heróis de Chaves.

Um dos mais solicitados foi o timoneiro da equipa. Entre abraços e fotografias para a recordação, Vítor Campelos confessou que a derrota no Moreirense (1-0) foi a mais saborosa da sua carreira, porque permitiu subir graças ao resultado da primeira mão (2-0).

«Estou muito feliz. Os flavienses e transmontanos em geral merecem esta subida. Chaves merece estar na Primeira Liga», sublinhou o técnico, de 47 anos, que alcançou a primeira promoção ao principal escalão.

Campelos vincou também que a época foi «muito difícil», mas que graças ao trabalho desenvolvido e ao apoio dos adeptos, foi possível festejar no final e devolver o clube aos grandes após três temporadas de segundo escalão.

Entre cânticos dos adeptos com o nome do treinador, Vítor Campos recusou no imediato falar do futuro, porque agora é tempo de descansar: «Vou estar três ou quatro dias em casa com o telemóvel desligado para recuperar, depois de uma época desgastante a nível emocional».

Mas entre o imenso relvado do Municipal Eng.º Manuel Branco Teixeira, a festa era feita também com os jogadores e as filas eram grandes para poder ter uma fotografia com os craques que permitem ao clube de Chaves somar a 17.ª presença entre os grandes na próxima época.

Um dos destaques da temporada foi Wellington Carvalho, o avançado brasileiro, de 29 anos, que na terceira temporada em Chaves surgiu em grande forma, tornando-se o melhor marcador com 13 golos, todos na II Liga, e ainda quatro assistências.

Mas em plena festa da subida, o goleador recusou falar em individualidades, lembrando o fruto do trabalho de equipa. «Consegui marcar com a ajuda dos meus colegas. Tínhamos um excelente grupo e quando é assim as individualidades sobressaem», apontou o brasileiro, que já competiu na I Liga ao serviço do Portimonense.

Já um dos patrões da defesa, o brasileiro Alexsandro, de apenas 22 anos, viveu a primeira experiência como profissional alcançando a subida. O central acelerou pelo relvado de bicicleta, numa das figuras entre os jogadores que mais chamou à atenção.

«Conseguimos o objetivo graças à dedicação e trabalho no dia a dia. Muitas vezes não correu como queríamos, mas aprendemos com as derrotas e conseguimos somar vitórias para vencer», explicou.

Com 33 jogos, sempre a titular, e três golos apontados, Alexsandro admitiu ter obtido um «ano incrível a nível individual», mas assegurou que não pretende ficar por aqui: «Agora quero fazer igual na I Liga».

Empurrados para o play-off de acesso à I Liga na derradeira jornada do segundo escalão, ao terminarem no terceiro lugar, os flavienses, orientados por Vítor Campelos, ultrapassaram o Moreirense, antepenúltimo do principal escalão, em dois jogos, para fazerem a festa da subida.

Esta é a quarta subida ao principal escalão do futebol português para o Desportivo de Chaves: a primeira ocorreu na época 1984/1985, seguindo-se uma segunda, na temporada de 1993/1994 e a penúltima, em 2015/2016.

Em 16 participações no escalão principal, os transmontanos atingiram a glória na década de 1980, quando, na temporada 1986/1987, atingiram o quinto lugar e a qualificação inédita para a antiga Taça UEFA na época seguinte. Em 1989/1990, seguiu-se novo quinto lugar, repetindo a melhor classificação entre os grandes.

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