Depósitos voltam a aumentar em outubro e já valem 91% do PIB

ECO - Parceiro CNN Portugal , Luís Leitão
28 nov 2023, 15:30
Dinheiro armazenado no Complexo do Carregado do Banco de Portugal

A subida de 0,55% dos depósitos em outubro foi impactada por um crescimento de 1,23% dos depósitos das empresas. É que os depósitos dos particulares aumentaram apenas 0,3%

O montante aplicado em depósitos bancários voltou a recuperar em outubro, depois de em setembro ter contraído 0,67%. De acordo com dados do Banco de Portugal, divulgados esta terça-feira, o stock das poupanças de famílias e empresas aplicadas em depósitos à ordem e depósitos a prazo ascendeu a 240 mil milhões de euros em outubro, mais 0,55% face a setembro.

Trata-se de um montante equivalente a 91% do PIB estimado pelo Governo para este ano. Significa que, por cada 100 euros de riqueza criada em Portugal, os portugueses têm 91 euros aplicados em depósitos.

A puxar pelo crescimento dos depósitos em outubro estiveram particularmente as empresas, que registaram um crescimento mensal de 1,23% para 65,3 mil milhões de euros. Os depósitos dos particulares aumentaram 0,3% em outubro, para 175,2 mil milhões de euros.

Apesar deste crescimento mensal, o stock atual de depósitos está ainda 3,7% abaixo dos quase 250 mil milhões de euros que constavam no final do ano passado nos balanços dos bancos de recursos aplicados por empresas e particulares em depósitos.

Além disso, o montante global de depósitos da economia registou uma contração homóloga de 2,7% em outubro. Foi o oitavo mês consecutivo marcado por uma retração homóloga do stock total de depósitos de empresas e famílias.

Depósitos da economia

O montante aplicado em depósitos por empresas e particulares está em queda desde dezembro, e isso deve-se sobretudo à evolução negativa dos depósitos das famílias, que desde julho registam contração das taxas homólogas acima dos 3%.

Esta dinâmica tem sido fortemente influenciada pelos depósitos de particulares, que só em outubro registou uma contração homóloga de 3,7%. Foi a maior queda anual registada desde pelo menos 1980 (início da série do Banco de Portugal).

O Banco de Portugal revela ainda que, em outubro, “continuou a verificar-se a tendência de substituição de depósitos à ordem por depósitos a prazo”. Atualmente, por cada 100 euros “estacionados” em depósitos à ordem, as famílias têm 113 euros aplicados em depósitos a prazo. Há um ano, esse rácio era de 103 euros.

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