Paulo Núncio, vice-presidente do CDS e candidato em Lisboa pela AD, trouxe o tema para a campanha. Líder do PS espera que Luís Montenegro tome posição
“Para mim este é um assunto resolvido na sociedade portuguesa. Queremos apontar para o futuro, não para o passado”, afirmou em Leiria Pedro Nuno Santos, em reação à proposta de Paulo Núncio - que pede um novo referendo ao aborto, além de querer a reintrodução de taxas moderadoras para limitar o acesso das mulheres à interrupção da gravidez.
Pedro Nuno Santos deixou ainda um “apelo às mulheres” para que votem no PS para garantir a manutenção deste "direito já adquirido".
Questionado sobre se Montenegro se revê ou não na posição manifestada por Paulo Núncio, Pedro Nuno Santos afirmou assim. “Somos responsáveis por quem trazemos para a nossa campanha”.
Segundo a Rádio Renascença, Paulo Núncio, candidato a deputado por Lisboa nas listas AD às eleições legislativas de março, considera que “a única forma de revertermos a liberalização da lei do aborto passa por um novo referendo”. Núncio mostrou-se ainda a favor de iniciativas que possam “limitar o acesso ao aborto”, tais como taxas moderadoras. De recordar que essa medida chegou a ser implementada pelo governo PSD/CDS-PP em 2015, mas acabou por ser revogada pela maioria parlamentar de esquerda.
O vice-presidente do CDS-PP diz que o acordo entre o CDS e o PSD para a AD colocou o tema da “dignidade humana no centro e na prioridade da atividade política”.
