Mulher encontrada sem cabeça em França era portuguesa. Foi identificada pelas tatuagens

3 out 2022, 19:32
Crime

Vítima tinha 41 anos e origens nas Caxinas, em Vila do Conde. Trabalhava no Luxemburgo há vários anos. Foi a tatuagem com o nome do filho que permitiu a identificação pelo ex-namorado

O corpo encontrado desmembrado em França a 19 de setembro é de uma mulher de nacionalidade portuguesa. Foi encontrado sem cabeça e foram as tatuagens divulgadas pela polícia francesa que permitiram a identificação da vítima. A cabeça desta mulher ainda não foi encontrada.

Trata-se de uma mulher de 41 anos e origens nas Caxinas, em Vila do Conde. A vítima tinha uma tatuagem que lhe tapava a cicatriz de um parto por cesariana, onde tinha inscrito o nome do filho, “Kiko”.

O corpo foi encontrado em Mont-Saint Martin, junto à fronteira do Luxemburgo, a cerca de 70 quilómetros de onde viveria a vítima. A descoberta foi feita por um jovem que iria urinar junto de um edifício abandonado, perto da câmara municipal. Foi o proprietário de um bar dessa localidade que chamou as autoridades após ter sido alertado pelo jovem.

O corpo foi encontrado nu, em cima de uma pilha de lixo e sem grandes vestígios de sangue, o que pode indicar que tenha sido transportado até àquele local. Os membros inferiores foram cortados ao nível dos joelhos. Também os braços e a cabeça foram amputados. Não existiam hematomas visíveis nem estava em estado de degradação profunda.

A vítima tinha ainda cicatrizes abaixo do peito, o que pode significar que foram feitos implantes mamários, com respetivos números de série, que podem ser rastreados.

O corpo foi, entretanto, reconhecido pelo ex-namorado da mulher, cuja relação tinha terminado recentemente. O filho da mulher, com 22 anos, já foi informado, assim como os pais desta.

Este não é o primeiro caso macabro na região. Dias antes do corpo desta portuguesa ser encontrado, as autoridades francesas tinham descoberto outro cadáver também desmembrado nas redondezas, a cerca de cinquenta quilómetros de Mont-Saint-Martin, na floresta de Moyeuvre-Grande. Na altura, foi afastada a hipótese de se tratar de um assassino em série por não haver ligação aparente entre os casos.

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