Trabalhos de rescaldo decorrem em todo o perímetro do incêndio
O incêndio que deflagrou esta sexta-feira à tarde no Tortosendo, concelho da Covilhã, entrou em fase de resolução pelas 19:20, adiantou à Lusa o vice-presidente da câmara.
“O incêndio está neste momento circunscrito. Vamos agora proceder ao rescaldo, com máquinas de rasto e com as equipas de sapadores e de bombeiros, uma vez que neste momento os meios aéreos já não a atuar”, referiu José Serra dos Reis, vice-presidente da Câmara da Covilhã, num balanço feito pelas 20:15.
José Serra dos Reis adiantou ainda que as autoridades esperam dar o fogo como extinto durante a noite, após os trabalhos de rescaldo que estão a decorrer em todo o perímetro do incêndio para eliminar "todos os focos" na zona de Tortosendo, Covilhã, distrito de Castelo Branco.
O alerta para o fogo foi dado pelas 15:00 e a Estrada Nacional 230 (EN 230), via na serra da Estrela, que liga a Covilhã a Tortosendo e Unhais da Serra, chegou a estar encerrada ao trânsito.
Fonte do Destacamento Territorial da GNR da Covilhã referiu à Lusa que a EN 230 foi reaberta pelas 20:15.
De acordo com o site da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), mantinham-se pelas 20:45 no local 443 operacionais, apoiados por 125 viaturas.
O autarca da Covilhã com o pelouro da Proteção Civil frisou ainda que o fogo esteve com um período “muito crítico”, que foi ultrapassado com os meios “muitos diversos e céleres a chegar ao terreno”.
“Atuaram numa fase em que o incêndio estava relativamente curto do ponto de vista da sua propagação. Isso foi determinante”, apontou.
O vento levou ainda a “algumas ramificações” do incêndio, o que obrigou à atuação dos meios no terreno para evitar propagações.
O fogo esteve também perto de algumas habitações, mas José Serra dos Reis descartou a existência de danos, sublinhando que as “faixas de gestão de combustível, quer nas habitações isoladas, quer nas infraestruturas” facilitaram o combate.
O vice-presidente da Câmara da Covilhã agradeceu ainda aos proprietários pela gestão dos terrenos e aos “meios locais, regionais e nacionais que caíram em força e minimizaram os efeitos do que podia ter ser muito perigoso”.