Há cada vez mais empresas americanas que exigem que os seus funcionários estejam vacinados contra a covid-19. Mas alguns governos republicados garantem subsídios a quem for despedido por causa da vacina
Cinco estados norte-americanos liderados pelo Partido Republicano decidiram estender o subsídio de desemprego aos trabalhadores que percam o emprego por não estarem vacinados.
Neste momento, várias empresas americanas estão a exigir que os seus funcionários tomem a vacina contra a covid-19, ameaçando com despedimento aqueles que se recusarem a ser imunizados.
Nos Estados Unidos, os trabalhadores que pedem a demissão ou são demitidos por justa causa geralmente não têm direito a qualquer apoio. Mas os estados de Arkansas, Flórida, Iowa, Kansas e Tennessee criaram exceções para aqueles que sejam despedidos por não quererem levar a vacina contra a covid-19. Segundo o Washington Post, os estados de Wyoming, Wisconsin e Missouri ponderam adotar uma política semelhante.
Os especialistas em saúde pública estão preocupados com esta legislação que não só estimula o movimento anti-vacinas, colocando em causa a imunidade da população, como é uma forma de boicotar a resposta da Casa Branca à pandemia.
Muitos deste políticos republicanos defendem que os americanos devem ser capazes de decidir se querem ou não vacinados. O presidente do Senado do Kansas, Ty Masterson, por exemplo, critica a vacinação desde o início e, em julho, chegou a escrever no Twitter: "A população do Kansas deixou claro que prefere a liberdade ao faucismo" - uma brincadeira com o nome do maior especialista em doenças infecciosas do país, Anthony S. Fauci, a quem estes ativistas anti-vacinas acusam de fascismo por querer tornar as vacinas obrigatórias.
Vaccines are widely available for those who want them. Government needs to stop telling people how to live; rather, it is time for government to trust the people they serve. (4/x) #ksleg
— Kansas Senate President Ty Masterson (@sentymasterson) July 29, 2021