Consulado de Portugal no Rio de Janeiro alvo de buscas por suspeita de corrupção na atribuição de vistos a elementos do PCC

Agência Lusa | Henrique Machado , Notícia atualizada às 18:33
7 nov 2023, 17:46
Operação no Consulado de Portugal no Rio de Janeiro (DR/Polícia Federal)

Polícia Federal investiga "crimes de corrupção, concussão, peculato e falsificação de documentos cometidos por funcionários do Consulado Geral de Portugal no Rio de Janeiro, em conluio com requerentes de vistos e nacionalidade portuguesa”

O consulado de Portugal na cidade brasileira do Rio de Janeiro foi esta terça-feira alvo de buscas por parte das autoridades brasileiras e portuguesas, num caso de suspeita de corrupção relacionado com a obtenção de visto, indicaram fontes oficiais.

As investigações “apuram o agendamento ilícito de vagas para a prática de atos consulares, além dos crimes de corrupção, concussão, peculato e falsificação de documentos cometidos por funcionários do Consulado Geral de Portugal no Rio de Janeiro, em conluio com requerentes de vistos e nacionalidade portuguesa”, indicou a Polícia Federal (PF) do Brasil, em comunicado.

A CNN Portugal sabe que em causa estão vistos de permanência em Portugal de elementos ligados ao Primeiro Comando da Capital - associação criminosa brasileira ligada ao tráfico internacional de droga que se tem vindo a instalar no nosso país, conforme consta de um relatório do SIS já revelado pela CNN Portugal.

De acordo com a mesma nota, foi realizada na manhã de hoje no Brasil uma ação conjunta com autoridades portuguesas para cumprir cinco mandados de busca e apreensão nos municípios do Rio de Janeiro e Saquarema.

Cerca de 30 agentes brasileiros e portugueses, para além de membros do Ministério Público de Portugal, cumpriram “os mandados expedidos pela Justiça Federal brasileira, a qual atendeu pedidos de mandados de busca e apreensão formulados por autoridades portuguesas”, detalharam as autoridades.

Fotografias partilhadas na página oficial da PF mostram agentes da Polícia Federal e da Polícia Judiciária de Portugal dentro do Consulado de Portugal no Rio de Janeiro.

Em resposta à agência Lusa, a PF indicou não existirem “até o momento” mais atualizações sobre o balanço da operação intitulada de Agendródomo.

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