Confiança dos consumidores portugueses aumenta em dezembro, após quatro meses a cair

ECO - Parceiro CNN Portugal , Joana Morais Fonseca
2 jan, 15:07
Supermercado (Pexels)

A confiança dos consumidores aumentou em dezembro, após quatro meses a recuar, à boleia de todas as componentes analisadas. Também o clima económico aumento pelo segundo mês seguido

Após quatro meses consecutivos a recuar, a confiança dos consumidores voltou a subir em dezembro, de acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Também o clima económico aumentou pelo segundo mês seguido.

“O indicador de confiança dos consumidores aumentou em dezembro, após ter diminuído nos quatro meses anteriores”, adianta o gabinete de estatísticas. Em dezembro, a confiança dos consumidores foi de -26, contra os -30,8 registados em novembro. Não obstante, e apesar da melhoria está ainda em níveis de setembro, quando se situou nos -26,1.

Este desempenho foi impulsionado pelo contributo “de todas as componentes” analisadas. Neste âmbito, o gabinete de estatísticas realça que as expectativas relativas “à evolução futura da situação económica do país aumentou significativamente em dezembro, depois de ter diminuído entre julho e novembro” e que as perspetivas relativas à evolução futura da situação financeira do agregado familiar “também aumentou no último mês, após as diminuições observadas entre agosto e novembro”.

Por sua vez, o saldo das opiniões sobre a evolução passada dos preços e as perspetivas sobre a evolução futura dos preços diminuíram no mês passado.

Clima económico aumenta pelo segundo mês

Também o clima económico subiu em dezembro, pelo segundo mês consecutivo, assinala o instituto. Segundo o INE, em dezembro o indicador de clima económico estava em 1,5, contra os 1,2 registados no mês anterior. É preciso recuar a junho para encontrar um valor tão elevado (estava em 1,6).

O gabinete de estatísticas realça ainda os indicadores de confiança aumentaram no comércio e nos serviços, mas recuaram na indústria transformadora e na construção e obras públicas.

Na indústria, o indicador de confiança diminuiu “em todos os agrupamentos” (bens de consumo, bens intermédios e bens de investimento”, sendo que esta evolução ” deveu-se ao contributo negativo das apreciações relativas aos stocks de produtos acabados e das perspetivas de produção”.

Por sua vez, na construção e obras públicas, o instituto detalha que o indicador de confiança “de forma mais expressiva no último mês, após ter aumentado em setembro”. Este desempenho “refletiu o contributo negativo das duas componentes, apreciações sobre a carteira de encomendas e perspetivas de emprego, de forma ligeira no último caso”, lê-se.

Este indicador recuou nas “divisões de Promoção Imobiliária e de Construção de Edifícios, e de
Atividades Especializadas de Construção”, mas aumentou na divisão de Engenharia Civil.

Quanto ao saldo das expectativas dos empresários sobre a evolução futura dos preços de venda aumentou em dezembro em todos os setores, após ter diminuído nos últimos dois meses na indústria transformadora, no comércio e na construção e obras públicas.

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