Ativistas do Climáximo bloqueiam Túnel do Marquês, em Lisboa. Dez foram detidos

CNN Portugal , AM - notícia atualizada às 10:57
14 dez 2023, 09:31

 

 

Ação ocorre após o acordo alcançado na COP28

Uma dezena de ativistas bloquearam, esta quinta-feira, o trânsito na Avenida Engenheiro Duarte Pacheco, na direção da entrada do túnel do Marquês de Pombal, em Lisboa, em plena hora de ponta, em protesto contra a "conferência de clima sem qualquer acordo vinculativo, presidida pelo executivo de uma petrolífera".

Pelo menos dez ativistas foram detidos pela Polícia de Segurança Pública depois de terem cortado a via durante mais de uma hora. Em comunicado, o grupo climático revela que as ativistas foram levadas para a esquadra do Calvário.

Apontando "a necessidade de disrupção perante a continuação de uma normalidade onde as instituições continuam a produzir a crise climática e do custo de vida, contra a evidência científica da aceleração rumo ao caos climático", os apoiantes do grupo climático decidiram interromper a circulação de uma das principais artérias de acesso à cidade de Lisboa - enquanto outros dois se penduraram no viaduto com uma faixa - "onde centenas de milhares de carros entram todos os dias, enquanto as alternativas de transportes públicos acessíveis são escassas e sem corresponderem às necessidades de mobilidade". 

"O consenso científico à volta da origem da crise climática e seus impactos devastadores é claro há décadas. Mas as instituições públicas, organizações sociais, e meios de comunicação continuam a agir como se não estivéssemos a enfrentar o maior desafio da história da Humanidade, com culpados claros. Ontem [quarta-feira] no Dubai foi fechada a 28.ª conferência do colapso climático, rejeitando qualquer passo concreto para reduzir drasticamente emissões e garantir uma transição digna para as pessoas. Confirmou a declaração de guerra dos governos e empresas emissoras a toda a sociedade atual e às gerações futuras", afirmou Maria Mesquita, técnica de ação social no local.

A ação ocorre cinco dias após o Climáximo organizar uma assembleia aberta em Lisboa, onde foram discutidas prioridades estratégicas para o movimento de justiça climática, como o fim a todos os subsídios públicos à economia fóssil, fim às emissões de luxo, travar todos os projetos que aumentem emissões de gases com efeito de estufa - como o novo gasoduto e um novo aeroporto (seja qual for a sua localização) - e garantir um investimento massivo num serviço público de energias renováveis e transportes coletivos que garantam direitos fundamentais.

A PSP tomou conta da ocorrência.

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