FC Porto-Benfica, 0-2 (destaques das águias)

14 dez 2014, 21:58
FC Porto-Benfica (LUSA/ José Coelho)

Lima como César Brito e Nuno Gomes

A FIGURA: Lima

Jorge Jesus manteve a aposta no cliente habitual do espaço ofensivo, em detrimento de Jonas, e o tempo deu-lhe razão. Lima fez no Porto o que antes tinham feito César Brito (1991) ou Nuno Gomes (2005). Dois golos a fazer ruir a estratégia da equipa da casa, duas investidas certeiras em menos de vinte minutos de jogo. Fugiu a Danilo para marcar com o corpo ao minuto 36, após lançamento lateral, e acreditou na defesa incompleta de Fabiano após remate de Talisca. Eficácia tremenda de um nome que fica para a história destes clássicos.

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OUTROS DESTAQUES:


Júlio César

Experiência ao serviço do coletivo. Frieza tremenda na leitura das jogadas ofensivas do FC Porto. Não falhou pelo ar, assumindo-se como rei nas alturas, e demonstrou segurança a cada intervenção. Desvio importantíssimo ao 10º minuto de jogo, quando Hector Herrera surgiu na área pelo lado direito, evitando a finalização de Jackson Martinez na pequena área. E ainda mais ao minuto 31, negando com uma mancha o 1-0 ao colombiano. A baliza do Benfica está bem entregue.


Nico Gaitán

Que classe! Não é fácil demonstrar capacidade de resistência mental num clima de forte pressão. Mas Gaitán é assim, distinto, sem procurar as costas do adversário para evitar que a bola lhe chegue aos pés e, assim, tenha de assumir responsabilidades. O argentino fez o contrário: pediu a bola desde o primeiro instante. Perante a entrada forte do FC Porto, procurou responder com focos de perigo pela esquerda e manteve o nível elevado até final. Foi dele o trabalho que abriu espaço para o remate de Talisca, antes de Lima fazer o 0-2. Sublime.

André Almeida

Que dizer de um jogador, recorrentemente apontado como o elo frágil da equipa, que vê um cartão amarelo ao segundo minuto de jogo e resiste até final sem perder mais de dois ou três duelos? André Almeida já dera nas vistas no confronto com Hulk, na Liga dos Campeões, e não se ressentiu após má análise, a frio, no lance em que teve de agarrar Tello para este não entrar na área. Respirou fundo e acertou na marcação ao espanhol. Este nunca mais se viu. Mais dificuldades frente a Quaresma, mas ainda assim com saldo positivo.

Enzo Pérez

Sentiu dificuldades na primeira meia-hora, quando Óliver lhe fugia para criar desequilíbrios na esquerda, mas foi subindo de produção e demonstrou a sua importância na etapa complementar, sustendo a torrente ofensiva do FC Porto. Inteligente na abordagem ao jogo.

CRÓNICA DO FC PORTO-BENFICA

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