Passageiro sem passaporte ou bilhete de avião viaja entre Copenhaga e Los Angeles

14 dez 2023, 13:11
Aeroporto

Homem, de 46 anos, diz que "não se recorda" como conseguiu entrar no avião nem do que fazia na cidade dinamarquesa

Sergey Vladimirovich Ochigava pode vir a ser condenado a uma pena de cinco anos por ter viajado clandestinamente da Dinamarca para Los Angeles. No dia 4 de novembro, o passageiro com nacionalidade russa e israelita, chegou ao Aeroporto Internacional de Los Angeles sem passaporte e sem bilhete, depois de ter viajado do voo 931 da Scandinavian Airlines, proveniente de Copenhaga, na Dinamarca. Quando confrontado pelas autoridades como tinha tinha passado pela segurança na Europa, afirmou que "não se recordava" como isso tinha acontecido nem de como tinha entrado no avião em Copenhaga.

De acordo com as autoridades, Ochigava não tinha nem passaporte nem visto para entrar nos Estados Unidos. Segundo o jornal The New York Times, a representante do Aeroporto de Copenhaga, Lise Agerley Kürstein, disse que o passageiro foi visto nas imagens das câmaras de vigilância do aeroporto "sem um bilhete válido".

Às autoridades, o passageiro revelou que não tinha a certeza se tinha ou não um bilhete de avião, mas que de alguma forma conseguiu passar pela segurança, mesmo sem saber o que estava a fazer na cidade escandinava.

Inicialmente, de acordo com o depoimento que consta na queixa apresentada pelo FBI, citada pela agência Associated Press, Ochigava "deu informações falsas e enganosas sobre a sua viagem para os Estados Unidos, incluindo dizer inicialmente aos agentes de fronteira que tinha deixado o seu passaporte americano no avião". De acordo com os agentes, nos pertences do passageiro foram encontrados o que "pareciam ser cartões de identificação russos e um cartão de identificação israelita", assim como uma fotografia parcial de um passaporte com o nome, data de nascimento e um número de passaporte, mas não a fotografia. Do passaporte americano, nem sinal. 

A tripulação do voo onde Ochigava viajou alegou aos investigadores que, durante a partida do voo, o passageiro estava num lugar que era suposto estar desocupado e após a partida vagueou pelo avião a tentar interagir com outros passageiros, tendo sido ignorado. Além disso, aproveitou duas refeições em cada serviço de refeição da viagem e ainda "tentou comer o chocolate que pertencia aos membros da tripulação de cabine".

No seu depoimento às autoridades, Ochigava revelou que trabalhou como economista na Rússia e tinha um doutoramento em economia e marketing. Acrescentou ainda que não dormia há três dias e "não compreendia o que se estava a passar".

Ochigava está acusado de ter viajado clandestinamente e incorre numa pena máxima de cinco anos de prisão. Ouvido em tribunal a 5 de dezembro, declarou-se inocente. O julgamento está marcado para o dia 26 de dezembro e a sua defensora pública federal, Erica Choi, não tem respondido às solicitações da imprensa para comentar o caso.

E.U.A.

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