Rui Costa explica como desenhou a vitória na 15.ª etapa da Vuelta

10 set 2023, 20:47
Rui Costa vence a 15.ª etapa da Vuelta (Manuel Bruque/EPA)

Ciclista português confessa que não esperava vencer e que o objetivo inicial passava por conseguir um bom resultado. Boas sensações nos primeiros quilómetros foram importantes

Rui Costa admitiu que não esperava vencer a 15.º etapa, mas que durante o dia começou a acreditar de forma mais vincada que poderia ser o primeiro a cruzar a meta.

«Os últimos dois dias foram muito duros, dias de muita montanha e de muito desnível em poucos quilómetros. Hoje saí algo pensativo para a etapa e não muito motivado, porque os últimos dois dias não terminaram da melhor maneira. Mas tinha sido uma das etapas que tinha apontadas para fazer um bom resultado», introduziu o ciclista português da Intermarché-Circus-Wanty.

«Não foi fácil entrar na fuga certa, porque existiram algumas tentativas ao longo do dia, mas acreditei sempre que as coisas podiam correr bem e as boas sensações dos primeiros quilómetros surpreenderam-me um bocadinho. A fuga foi muito tempo para conseguir fazer-se: foram cerca de 70 quilómetros para que saísse e foi preciso esperar para que chegasse a montanha do dia. Até aí desgastei-me, porque tinha muita vontade de conseguir entrar na fuga», lembrou.

A fuga deu-se por volta dos 70 quilómetros, mas a concorrência era forte e na frente estava Remco Evenepoel, vencedor de duas etapas nesta Vuelta e da edição de 2022. «Sabia que ia ser um dia difícil para conseguir a vitória, mas o importante era estar na fuga e conseguir um bom resultado. Nunca me passou pela cabeça ganhar», admitiu, identificando um dos momentos decisivos da etapa.

«Nos últimos quilómetros, antes de entrar na subida, houve um ataque de um atleta da Bora e eu não hesitei em seguir porque sabia que provavelmente a chave do dia seria conseguir ganhar um pouco de tempo antes de entrar na subida. O que desenhei aconteceu. Não foi fácil seguir na roda do [Santiago] Buitrago, que tentou tudo para que eu ficasse na subida, porque sabia que no sprint é muito mais incerto para eles. Foi uma batalha aguentar a roda do Buitrago e depois, com a entrada do Kämna, ambos queriam chegar isolados à meta. Mas nem sempre ganha o mais rápido, porque depende da forma física com que se chega à meta. O desgaste foi grande ao longo do dia e todos chegámos muito justos. Depois de tanto sofrimento, de acreditar sempre que a vitória podia ser possível, ter conseguido foi algo muito importante para a minha motivação e para a equipa. Era algo que vínhamos a buscar desde há muito tempo», concluiu Rui Costa.

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