Ventura destaca "sinal de maturidade" e continuidade na direção

Agência Lusa , MJC
29 jan 2023, 15:19

"O que sai daqui é um Chega que quer ser Governo e que vai mesmo lutar para ser Governo, taco a taco, na disputa da liderança da direita e da oposição”, defendeu, recusando que o partido esteja “mais moderado”

André Ventura, reeleito presidente do Chega no sábado, considerou este domingo que o partido está a dar “um sinal de maturidade política” e assinalou que as suas propostas para a Direção Nacional são “uma decisão de continuidade”.

Em declarações aos jornalistas à chegada ao Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), em Santarém, onde termina hoje a V Convenção Nacional do Chega, Ventura afirmou que “há um grande amadurecimento político" e "um grande amadurecimento institucional, uma grande participação"

"O que sai daqui é um Chega que quer ser Governo e que vai mesmo lutar para ser Governo, taco a taco, na disputa da liderança da direita e da oposição”, defendeu, recusando que o partido esteja “mais moderado”.

Quanto aos órgãos nacionais, que serão hoje eleitos, e para os quais há listas únicas, à exceção do Conselho Nacional, o presidente do Chega disse esperar uma “demonstração de unidade e de institucionalização”.

Sobre a presença do vice-presidente do PSD Miguel Pinto Luz no encerramento da convenção, considerou que representa “um sinal de reconhecimento da inevitabilidade que hoje o panorama político à direita traz”, antecipando que “a construir uma alternativa terá de ser com o Chega".

"O PSD percebeu isso e traz aqui figuras de peso, inclusive Miguel Pinto Luz, que tem dito sempre que não há essas linhas vermelhas”, disse.

Ventura reiterou a recusa de “geringonças à direita” e salientou que, “se todos à direita fizerem o seu papel, com os disparates dos cordões fora da conversa, certamente, como tem acontecido noutros países da Europa”, será possível alcançar “uma alternativa ao PS”.

Sobre as propostas para a sua Direção Nacional, André Ventura indicou que “a decisão da direção é evidentemente uma decisão de continuidade”.

“Entendi que não era o momento de fazer mudanças a nível estrutural no partido, dado que estamos num período que vai iniciar um ciclo eleitoral este ano”, sustentou.

Como o Chega voltou a adotar os estatutos de 2019, face ao chumbo dos mais recentes pelo Tribunal Constitucional, a Direção Nacional fica reduzida, com três vice-presidentes (e não cinco) e seis adjuntos. Deixam de existir os cargos de secretário-geral, secretário-geral adjunto e vogal.

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