Mãe das gémeas: "Tive a impressão, como era falado nos corredores do Santa Maria, que tive alguma ajuda"

15 dez 2023, 07:45
Hospital de Santa Maria (Rodrigo Cabrita/Getty Images)

Daniela Martins revela, no entanto, que não ficou surpreendida por ter conseguido a consulta porque enviou vários pedidos de ajuda

A mãe das gémeas luso-brasileiras admitiu, em entrevista à RTP3, que ouviu nos corredores do Hospital de Santa Maria que tinha tido "alguma ajuda" para conseguir a consulta para as filhas por influência da família do Presidente da República

"Eu tive a impressão, como era falado nos corredores do Santa Maria, que eu tive alguma ajuda. Ouvia-se essa conversa lá. Eu tinha a impressão que eles pudessem ter feito alguma... que eles pudessem ter feito alguma requisição". 

Daniela Martins diz, no entanto, que apesar dos rumores, não ficou surpreendida por ter conseguido a consulta porque enviou vários pedidos de ajuda para onde conseguiu, incluindo para o hospital. 

"Tinham e-mails para o hospital. O doutor José Paulo tinha mandado, encaminhado para uma secretária, não sei se era ministério, secretaria da saúde. Ele tinha feito um caminho, nós enviamos para eles. Nós estávamos tentando achar o caminho que tinha que ser feito. Então, foram distribuídos vários e-mails. E não me surpreendeu a consulta, porque foi resultado de todos esses pedidos. Nunca falei que eu tinha contatos com o doutor", revela.

Questionada se tinha pedido à nora do Presidente da República que intercedesse por ela, a mãe das crianças diz que pediu "de maneira indireta", uma vez que o fazia com toda a gente que conhecia.

"Eu pedi de maneira indireta. Eu pedi a todas as pessoas. Eu não estou falando que eu não pedi. Eu pedi de maneira... Eu tinha um grito de socorro. Eu tenho e-mails que também nem foram mandados por mim, foram mandados pela minha prima. Pessoas que vivem em Portugal. A tentar descobrir o caminho que tinha que ser seguido. Eu tenho e-mail aos médicos. Eu disponibilizei todos esses e-mails com pedidos. E chegou a pessoas que eu não tenho controlo. É uma corrente isso", acrescenta.

O caso das duas gémeas residentes no Brasil que entretanto adquiriram nacionalidade portuguesa e vieram a Portugal receber, em 2020, o medicamento Zolgensma para a atrofia muscular espinhal, com um custo total de quatro milhões de euros, foi divulgado pela TVI, em novembro.

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