Depois de 80 anos juntos, nem a morte os separou

PP
1 jul 2023, 11:46
Idosos

Esta é a história de amor que tem emocionado o Brasil nos últimos dias. Um casal de idosos morreu no mesmo dia, apenas com quatro horas de diferença

Estiveram 80 anos juntos e morreram no mesmo dia, apenas separados por quatro horas. Ana Araújo Magalhães, com 100 anos, e Mamédio Alves Magalhães, com 105 anos morreram na sexta-feira (30), em Paranã, um município brasileiro do estado do Tocantins, escreve o G1, o portal de notícias da Globo.

A história de amor deste casal centenário tem emocionado o Brasil e a sobrinha-neta que cuidava do casal revelou alguns pormenores sobre a sua vida.

Segundo Ediana Quirino Magalhães, de 38 anos, desde que casaram, sempre viveram juntos. Ana Araújo Magalhães foi internada devido a uma pneumonia e, em casa, o marido deixou de querer comer. Para evitar a situação, ela teve alta hospitalar quinta-feira  e foi para casa, mas, depois foi ele que precisou de ir para o hospital devido ao estado muito debilitado em que se encontrava.

Apesar de separados fisicamente, ele no hospital e ela em casa, os dois morreram no mesmo dia, apenas separados por quatro horas, explicou a família.

“Com minha avó não tinha o que fazer [no hospital].Trouxemos ela para casa, para ficar perto dele. Ele viu o estado dela que só piscava e abria a boca. Quinta-feira a gente levou ele para o hospital e o doutor preferiu que ele ficasse para tomar medicação". Mas ele piorou logo no dia seguinte. Na madrugada de sexta-feira chegou a notícia da morte de Mamédio Alves Magalhães, no hospital. De manhã, depois de tomar um banho, também Ana Araújo Magalhães, partiu.

Ainda segundo a sobrinha-neta, “ele tinha 105 anos, mas ainda falava. Estava lúcido. Ela já não era tão lúcida e se acalmava quando a gente falava Mamédio. Ela não lembrava o nome de mais ninguém, só o dele”.

O casal nunca teve filhos e viviam um para o outro. Apesar disso ajudaram na criação de muitas crianças da cidade da zona rural onde viviam. “Eles criaram muitos, porque naquela época não tinha muito onde estudar e ela gostava muito de leitura. Então os pais deixavam [os filhos] com eles. E eu fui uma delas”, disse, relembrando a infância ao lado de Mamédio e Ana, que ela carinhosamente chamava de avós.

A Perfeitura de Paranã lamentou a perda e solidarizou-se com a família: "Que a força e a união possam ser encontradas nesse momento de luto, e que o amor e a esperança possam trazer alívio àqueles que sofrem com a partida desses estimados cidadãos", diz a nota de pesar.

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