Descobertos milhares de explosivos numa escola secundária no Camboja

CNN Portugal , CNC
14 ago 2023, 14:52
Explosivos em escola secundária do Camboja (Centro de Acción contra Minas de Camboya, CMAC via AP)

"Foi um grande golpe de sorte para os estudantes. Estes engenhos explosivos são fáceis de explodir se alguém cavar no chão e lhes acertar"

As autoridades encerraram uma escola secundária no Camboja após terem sido detetados milhares de explosivos enterrados durante a altura da guerra civil. Os explosivos foram encontrados após uma brigada antiminas ter intervindo antes de se iniciar a construção de um novo edifício nas instalações da escola secundária Rainha Kosomak, situada na província de Kratie, no Camboja, reporta a agência de notícias AP.

Entre a sexta-feira passada e este domingo foram encontrados mais de dois mil explosivos pelo Centro de Ação Contra as Minas do Camboja, disse à AP o diretor-geral deste centro, Heng Ratana. Entre os explosivos encontrados estavam granadas e lançadores antitanques enferrujados, avança a BBC.

Heng Ratana, citado pela BBC, afirma que "foi um grande golpe de sorte para os estudantes". "Estes engenhos explosivos são fáceis de explodir se alguém cavar no chão e lhes acertar."

O Camboja é um dos países com maiores extensões de território minado no mundo, devido às décadas de guerra civil que assolaram a nação, mas também devido à campanha de bombardeamento organizada pelos Estados Unidos durante o começo da década de 1960, reporta o Guardian.

O país ainda continua a ser devastado por antigas minas e engenhos explosivos que não foram acionados durante a guerra civil. Estas minas terrestres estão espalhadas um pouco por todo o país e já mataram cerca de 64 mil pessoas e levaram ao amputamento de mais de 25 mil pessoas desde 1979, de acordo com dados do Halo Trust.

Estima-se que ainda existam entre quatro milhões a seis milhões de minas terrestres e outros explosivos por explodir, reporta a AP.

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