Junta militar de Myanmar anuncia libertação de mais de 800 presos

Agência Lusa , AM
12 fev 2022, 09:52
Myanmar

Detidos vão ser libertados sob uma "ordem de perdão" em comemoração do Dia da União

A junta militar de Myanmar (antiga Birmânia) anunciou que vai libertar mais de 800 presos, por ocasião do Dia da União.

Sob uma "ordem de perdão" em comemoração do Dia da União, que se assinala este sábado, 814 presos vão ser libertados, disse, em comunicado, o líder da junta, Min Aung Hlaing.

Esta medida vai abranger principalmente detidos em Rangum, disse o porta-voz da junta Zaw Min Tun à agência de notícias France-Presse, sem especificar se o académico australiano Sean Turnell estaria ou não entre os libertados.

Professor de economia, Turnell trabalhava como conselheiro da líder deposta Aung San Suu Kyi, quando foi preso em fevereiro passado, dias após o golpe militar.

Turnell foi acusado de violar a Lei dos Segredos Oficiais birmanesa e incorre numa pena de 14 anos de prisão.

No ano passado, a junta libertou quase 23 mil detidos, por ocasião do Dia da União, medida que levou grupos de defesa dos direitos humanos a temer que o objetivo fosse criar espaço nas prisões sobrelotadas para deter opositores e semear o caos entre a população.

O golpe militar de 1 de fevereiro de 2021 desencadeou grandes manifestações e uma sangrenta repressão militar, com mais de 1.500 civis mortos e quase 12 mil detidos, de acordo com uma organização não-governamental Associação de Assistência de Presos Políticos local.

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