Schmidt e sistema de três centrais: «É uma opção para os próximos jogos»

David Marques , Benfica Campus, Seixal
3 nov 2023, 14:34

Treinador do Benfica considera que ideias da equipa não mudam mesmo com a alteração tática considerável. E elogia polivalência e inteligência de Guedes

O Benfica apresentou-se a meio da semana em Arouca com um sistema de três centrais, situação inédita (no início de um jogo) desde a chegada de Roger Schmidt há mais de um ano.

As águias venceram, o técnico germânico gostou do que viu e admitiu repetir a fórmula no futuro, inclusive neste sábado em Chaves e nos jogos seguintes, diantes da Real Sociedad e do Sporting, mas deu também a entender que o 3x4x3 é mais uma saída para resolver a falta de jogadores disponíveis nesta altura, muito por culpa das lesões de Alexander Bah e de Orkun Kökcü.

«Tendo em conta os jogadores que temos disponíveis, traz-nos um bom controlo no campo. Ter Morato também é uma grande vantagem, porque é um excelente jogador. Com outro sistema, com dois centrais, é difícil dar tempo de jogo a todos os defesas. Mas é uma opção para o futuro. Para amanhã ou para os próximos jogos. Mas claro que podemos também jogar na nossa outra tática», disse o treinador do Benfica na antevisão ao jogo com o Chaves, a contar para a jornada 10 da Liga.

Schmidt considerou que, apesar da alteração tática, as ideias da equipa não mudaram. «Há algumas diferenças no comportamento tático de alguns jogadores, mas muitas coisas são idênticas. Com este sistema também podemos pressionar alto, jogar futebol ofensivo e ter muitos jogadores no ataque. Claro que os espaços são um pouco diferentes, mas temos muitos jogadores inteligentes e a maior diferença acaba por ser para o João Neves e o Aursnes, que têm um novo papel. O Fredrik está habituado a jogar a lateral-esquerdo, para o João é um pouco diferente, mas ele também interpretou muito bem esta posição. (...) Os jogadores estão muito bem ligados e por isso não é problemático que alguns jogadores mudem alguns detalhes. Podem jogar na mesma a um bom nível», analisou.

Em Arouca, Gonçalo Guedes foi a escolha de Schmidt para o eixo do ataque. O técnico das águias mostrou-se feliz por ter na equipa um jogador capaz de desempenhar várias posições na frente. «Na terça, o Petar [Musa] estava doente, tínhamos outras opções [n.d.r.: Arthur Cabral e Tengstedt] e escolhemos um jogador que é muito bom na profundidade. Mostrou que pode jogar nesta posição. Está mais habituado a jogar na esquerda, mas também pode jogar como segundo avançado. É um jogador que pode ajustar-se sempre, dependendo das minhas ideias para o jogo e da abordagem tática. E isso agrada-me. Não é um jogador que faz só uma posição. Tem experiência e inteligência para conseguir desempenhar bem diferentes posições», defendeu.

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