Rui Costa: a explicação sobre todas as contratações para 2022/23

9 set 2022, 21:08
Enzo Fernández fez o 3-0 no Benfica-Arouca

«Apostei todas as fichas na contratação de Enzo», disse o presidente do Benfica, que considerou que o fecho do mercado foi «em grande» com a contratação de Draxler

Em declarações à BTV, Rui Costa justificou todas as nove contratações feitas pelo Benfica no mercado do verão. «Creio que hoje, quando se olha para o plantel do Benfica, o critério está lá todo. Se depois vão ou não render, vai ser o campo a ditar, mas temos a esperança de que todos eles possam render», disse o presidente dos encarnados.

Alexander Bah (8 milhões de euros): «Foi um jogador que se destacou e de que maneira na República Checa, fez uma ótima Conference League chamando a atenção de muitos importantes clubes europeus e conseguimos tirar vantagem da sua contratação.»

Ristic (custo zero): «É um internacional sérvio que fez um ótimo campeonato em França e precisávamos de mais um lateral-esquerdo.»

João Victor (9,5 milhões de euros): «Uma dos primeiros pedidos feitos por Roger Schmidt foi que precisava de um central rápido, de velocidade. Foram postos à disposição de Roger Schmidt quatro centrais com essas características e foi escolhido João Victor. Infelizmente para nós ainda não teve condições para se poder apresentar, mas é um jogador de 23 anos e é mais uma mais-valia que aqui temos futuramente.»

Neres (15,3 milhões de euros): «Não só ocupa, em termos de plantel, a posição de Everton, como acaba por ser um negócio muito límpido e benéfico para o clube. O valor de 15,3 milhões é alto, mas não é tão alto quanto o valor de mercado de Neres. E para quem não estava a par, o Shakhtar tinha uma dívida para connosco de 15,3 milhões da compra do Pedrinho. Estaríamos nós em condições de fazer uma queixa à FIFA ou de exigir ao Shakhtar esse pagamento? Fazer uma queixa à FIFA por um clube da Ucrânia não conseguir saldar uma dívida a tempo durante uma guerra? Acho que atuámos na melhor correção possível para fecharmos este negócio. Houve clubes que tentaram explorar o Shakhtar e nós fomos corretos na abordagem. Liquidámos uma dívidas que eles tinham para connosco ganhando um ativo de enorme qualidade. Há pouco mais a dizer sobre isto, apenas ressalvar esta contratação que nos traz qualidade e que nem nos fez despender dinheiro.

Fredrik Aursnes (13 milhões de euros): «É um dos pedidos. Não direi exigência porque a relação entre todo o departamento de futebol e Roger Schmidt foi sempre muito equilibrada. Não houve aqui exigências: houve pedidos, tentativas de chegarmos àquilo que todos pretendíamos, que era reforçar o plantel onde precisávamos e com jogadores que entendíamos, em conjunto, que podiam ser mais-valias para o clube. E Fredrik foi um jogador que Roger Schmidt sempre nos pediu, com características para aquela posição. (...) Foi um pedido extremo de Roger Schmidt e depois de avaliado também por nós e pela nossa prospeção, onde saltou à vista a qualidade deste jogador, entendemos que seria mais uma boa aposta.»

Enzo Fernández (10 milhões de euros + 2M até ao momento): «É neste momento a nossa aquisição mais cara se chegarmos aos patamares totais e acredito que vamos ter de pagar aquele valor (18 milhões de euros), porque seria mau sinal se não tivéssemos. Até porque estão incluídos prémios de campeão nacional e por aí fora. Mas acho que hoje ninguém tem dúvidas porque é que insistimos tanto em Enzo Fernández mesmo que ele tivesse de vir em janeiro. Felizmente para nós ele acabou por vir na altura que tinha de vir, no início da temporada e pôde fazer todos os jogos oficiais até agora. Mas quando apontámos a este jogador, não apontámos só para dois meses. Apontámos para um futuro no Benfica e acho que hoje já ninguém tem dúvidas do porquê de tanta insistência nossa, mesmo que ele viesse só em janeiro. E foi por isso que apostei as fichas todas na contratação deste jogador mesmo com esse handicap que poderíamos vir a ter. Hoje é uma mais-valia enorme para o Benfica e acredito que todos os adeptos estejam contentes por ele estar cá.»

Petar Musa (5,5 milhões de euros): «Destacou-se no ano passado no campeonato português e sentimos necessidade de contratar mais um ponta de lança e um ponta de lança que não fosse uma estrela. Temos duas apostas claras no plantel naquela posição, que são o Gonçalo Ramos e o Henrique Araújo. Precisávamos de mais um ponta de lança que não viesse já rotulado como estrela e ainda teríamos Roman na altura e ainda temos o Rodrigo Pinho, que ao fim de uma lesão de um ano hoje está pronto para jogar e inclusive foi-nos pedido, e foi claramente aceite por nós, que ficasse no plantel. Musa: acreditamos muito neste jogador, acreditamos que vai ser um dos pontas de lança da Croácia no Mundial, mas acima de tudo que vai ser uma das figuras do Benfica. Ainda está um bocado tímido e isso é visível. Não é fácil chegar a um clube como o Benfica independentemente de conhecer o campeonato português. Vamos dar um bocadinho de tempo ao Musa, vamos todos dar, mas estou convencido de que nos vai dar muitas alegrias.»

Julian Draxler (2,5 milhões de euros de taxa de empréstimo): «É sabido que ainda queríamos mais um jogador para o trio da frente. E quando apareceu a oportunidade de trazer um jogador desta envergadura para o clube, hesitámos muito pouco. Não foi escondido a ninguém que é um ano de empréstimo, mas o que faltava avaliar eram as condições física de Draxler, que foram todas avaliadas. Vai precisar de poucos dias para se meter em forma e para poder fazer o que todos nós desejamos e ser o Draxler que toda a gente conhece e ser uma enorme mais-valia para o clube. Creio que com o Draxler, e estando ele nas condições em que sabemos que ele está e com a disposição que sabemos que ele tem, acho que foi um fecho de mercado em grande.»

John Brooks (custo zero): «Com a lesâo do Morato nas últimas horas do mercado e a saída do Vertonghen, surgiu a necessidade de contratar mais um central, não ficando só com Otamendi e António numa posição que era delicada. Morato irá estar parado entre oito e dez semanas, Veríssimo não sabemos quando vai voltar, mas a expectativa é que comece já a treinar com a equipa na pausa (para as seleções). E o João Victor é a maior incógnita porque vai depender muito da reação à recuperação da lesão e mesmo quando regressar ainda vai ter o seu tempo de adaptação. Não poderíamos ficar só com dois centrais para afrontar este jogos e a fase de grupos da Liga dos Campeões. Em poucas horas criou-se uma solução para preencher esta posição com um jogador que é do agrado do nosso treinador e que ao mesmo tempo tem uma vasta experiência internacional e é uma ótima solução.

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