Kökçü: «O treinador não me dá a devida importância»

16 mar, 10:06
Kökçü (MANUEL FERNANDO ARAUJO/LUSA)

Turco lamenta ainda não ter atingido o estatuto que esperava ter no Benfica e diz que não recebe o reconhecimento que devia

Orkun K]okçü concedeu este sábado uma entrevista ao De Telegraaf, dos Países Baixos, que promete fazer correr muita tinta nos próximos dias. O médio turco lamenta que não tenha atingido a projeção que achou que ia conseguir e não iliba Roger Schmidt de culpas.

«Desde o início, nunca senti que me davam a devida importância. Nem mesmo da parte do treinador. Não sou o tipo de pessoa que dá murros na mesa e faz exigências, mas talvez tenha sido modesto precisamente com o papel que me atribuíram», referiu.

«Vi a maneira como outros jogadores foram colocados em destaque em Portugal e saíram para grandes clubes. Isso cria um certo estatuto.»

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Kökçü admite aliás que nestes primeiros seis meses no Benfica nada correu como ele tinha planeado.

«Não, não era isto que eu esperava, de todo. No mercado de transferências no verão passado apareceram várias coisas, houve muitas conversas a acontecer, mas fiz uma escolha consciente pelo Benfica, com a ideia de que este era o melhor passo na minha carreira para me desenvolver ainda mais em todas as áreas. Mas a verdade é que isso aconteceu apenas em parte», referiu.

«Fui a transferência mais cara em Portugal, mas logo após assinar contrato viajei para a seleção e durante o verão não pensei muito nisso, até porque sou bastante modesto por natureza. Mas claro que vi como outros jogadores foram reconhecidos em Portugal e se transferiram para grandes clubes europeus. Isso cria um certo estatuto a quem está aqui. Mas a verdade é que desde o início nunca me fizeram sentir importante. Nem mesmo o treinador! Não sou do tipo de jogador que dá murros na mesa e faz exigências, mas talvez tenha sido muito modesto, pelo papel que ele me deu...»

À distância de seis meses, Kökçü garante agora que talvez tenha aceitado demasiado bem as funções que Roger Schmidt lhe atribuiu no meio campo encarnado, muitas vezes jogando como médio mais recuado. Até porque, garante, não foi isso que o treinador lhe prometeu.

«Faleki com ele antes de assinar e disse que ia ter uma função semelhante à que tinha no Feyenoord, onde tinha liberdade para percorrer várias linhas em campo e jogava sempre para a frente. Mesmo que, para isso, tivesse de fugir a toda a defesa adversária», referiu.

«O próprio clube disse-me que ia ser um jogador importante internamente. O treinador não precisou me dar grandes explicações sobre o que planeava fazer comigo. Pareceu-me bastante lógico como deveria jogar no Benfica, até porque ele conhecia-me, viu-me jogar nos Países Baixos, viu que fiz bons jogos contra ele, ele saberia o que fazer com as minhas qualidades.»

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