Patrões querem ter voz ativa na imigração, diz presidente da CIP

12 abr, 07:59
Armindo Monteiro, presidente da CIP (António Cotrim/Lusa)

REVISTA DE IMPRENSA || Objetivo é reproduzir em Portugal o modelo alemão

Os patrões querem ter uma voz ativa na imigração, defende o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) à Renascença. Armindo Monteiro expressa assim o desejo de reproduzir em Portugal o modelo alemão onde "a Confederação Empresarial Alemã participa ativamente, indicando quais são os setores onde falta mão-de-obra". 

"Com mais um milhão de pessoas a trabalhar, o nosso Produto Interno Bruto (PIB) cresceu de forma anémica", afirma Armindo Monteiro, defendendo que é preciso discutir a imigração e que a CIP deve ser incluída na discussão de entrada de pessoas em Portugal para trabalhar por considerar que o fluxo de mão de obra não contribuiu para equitativamente para o crescimento da economia.

No entanto, afirma, "a imigração é a única que vai permitir resolver a falta de mão de obra", uma vez que o aumento da natalidade não é uma solução viável, lembrando que "não podemos trazer pessoas apenas para trabalhar, mas também para viver, para isso é necessário assegurar também condições de saúde, educação e segurança".

O presidente da CIP defende ainda que é a ausência de uma "imigração programada" que cria os "fenómenos anti-imigração".

Quanto ao modelo económico do país, Armindo Monteiro diz que este está a fazer com que Portugal se especialize em baixos salários. 

"Estamos a especializar a nossa economia em valores mínimos e trabalho indiferenciado. Não vamos conseguir aproximar-nos da média europeia".

Empresas

Mais Empresas

Patrocinados