Presidente do organismo, Luciano Gonçalves, revelou as duas situações numa publicações nas redes sociais
O presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), Luciano Gonçalves, denunciou dois episódios de violência contra árbitros que ocorreram no passado fim de semana.
Nos sub-17, o encontro algarvio entre Farense e Portimonense ficou marcado, segundo o dirigente, por «agressões a pontapé» ao juiz da partida, de 19 anos, por parte do técnico adjunto da equipa de Faro, Pedro Miguel Garrana Vieira Martins.
«Este senhor quis fazer parte do grupo dos fracos que utiliza o futebol para descarregar as suas frustrações sociais. Esqueceu-se que a sua função não passa só por fornecer ferramentas técnicas e táticas aos jogadores, mas também valores como o respeito, a ética, o fair-play, a luta contra o doping, entre muitos outros», lê-se, na publicação de Luciano Gonçalves nas redes sociais.
Já na partida de iniciados entre o Paio Pires e o Cova da Piedade, jogadores da formação da casa, «de 13 e 14 anos, agrediram um jovem árbitro, um pouco mais velho, com a negligência de alguns graúdos e incentivo de alguns pais que cobardemente incentivaram os comportamentos violentos dos seus filhos».
«Que sociedade estamos a construir? As agressões a árbitros devem envergonhar todos os envolvidos na prática desportiva. Ao mesmo tempo, estes comportamentos destroem horas e horas de trabalho, no recrutamento e na retenção, de centenas de pessoas que contribuem de forma gratuita na base da arbitragem para que os nossos filhos possam fazer desporto, porque sem árbitros não há jogo. Só espero que as entidades desportivas competentes e os tribunais atuem», reflete o dirigente.
A terminar, o presidente da APAF agradece ao Farense «pelo pedido desculpa público e abertura de processo interno ao agressor» e deixa uma palavra aos árbitros: «Reitero a minha solidariedade para com os jovens árbitros agredidos, estamos do vosso lado.»
