GUERRA AO MINUTO | Orbán pediu cessar-fogo à Rússia mas Putin disse que Ucrânia não quer parar a guerra
O que está a acontecer
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Aliados da NATO vão enviar pelo menos 40 mil milhões de euros por ano à Ucrânia. Stoltenberg espera adesão de Kiev à NATO até 2034
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Orbán foi a Moscovo e admite que Putin e Ocidente estão "muito distantes" quanto ao fim da guerra. Montenegro vinca que presidente húngaro não tem "qualquer mandato” para contactos com a Rússia em nome da UE
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Zelensky quer duplicar capacidades de defesa aérea na Ucrânia "durante o verão"
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Os serviços secretos russos anunciaram que impediram um ataque terrorista numa fábrica militar em Samara, nas margens do rio Volga
China e Rússia realizam exercício conjunto para combater terrorismo transfronteiriço
China e Rússia realizaram um exercício militar conjunto centrado no terrorismo transfronteiriço, informou um órgão oficial do Exército chinês, numa altura em que as autoridades russas estão cada vez mais preocupadas com ataques terroristas.
O exercício ocorreu numa área fluvial perto da ponte de Heilongjiang - que liga a cidade russa de Blagoveshchensk à cidade chinesa de Heihe - em 25 de junho, noticiou o jornal oficial do Exército de Libertação Popular (PLA Daily).
Foi o primeiro exercício antiterrorista conjunto dos países vizinhos desde que a Rússia invadiu a Ucrânia no início de 2022.
O exercício ocorreu poucos dias depois dos ataques terroristas na região do Daguestão, no sul da Rússia, em 23 de junho, em que pelo menos 22 pessoas foram mortas em tiroteios em duas sinagogas, duas igrejas ortodoxas e um posto policial.
Em março, mais de 140 pessoas foram mortas num ataque a uma sala de concertos em Moscovo - o ataque terrorista mais mortífero na Rússia em quase duas décadas. O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade, mas Moscovo tentou associar a Ucrânia ao ataque, o que foi negado pelas autoridades ucranianas.
O exercício conjunto da semana passada simulou "terroristas que tentavam atravessar a fronteira" para efetuar ataques, disse o diário.
As tropas chinesas e russas utilizaram reconhecimento aéreo, interceção marítima e emboscadas em terra para bloquear e capturar terroristas durante o exercício.
O exercício demonstrou a "firme determinação" de ambas as forças armadas em tomar medidas eficazes para combater todas as formas de terrorismo, separatismo e extremismo, ao mesmo tempo que asseguram conjuntamente as suas áreas fronteiriças, de acordo com o jornal.
A mesma fonte indicou que as duas partes também discutiram o aprofundamento da cooperação fronteiriça.
O exercício conjunto da semana passada segue-se a um acordo entre os líderes chinês e russo para reforçar a cooperação em matéria de aplicação da lei e defesa, incluindo a expansão de treinos e exercícios conjuntos, quando o Presidente russo, Vladimir Putin, visitou Pequim em maio.
As guardas costeiras chinesa e russa assinaram também um memorando de entendimento sobre a cooperação em matéria de aplicação da lei marítima em abril do ano passado.
Não é a primeira vez que os dois países realizam exercícios conjuntos focados no combate ao terrorismo. Em 2019, a Força Policial Armada Popular paramilitar da China participou de um exercício com a Guarda Russa, realizado na Rússia.
Siga ao minuto:
"Há aqui uma estratégia Budapeste-Istambul que pode ser eficaz se a UE permitir que Orbán use a presidência do Conselho da UE"
Tiago André Lopes analisa a visita do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, a Moscovo, dias depois de uma visita a Kiev. O especialista em relações internacionais assinala que estas visitas estão a ser muito criticadas na União Europeia (UE), com vários líderes a avisarem Orbán que a presidência rotativa do Conselho da UE, que chefia nos próximos seis meses, não tem competências para negociar com nenhum dos dois países em nome do bloco comunitário.
"Nos próximos seis meses vamos ter um fantoche a representar a UE e depois a agir unilateralmente em representação da Hungria"
O comandante João Fonseca Ribeiro, do Observatório de Segurança e Defesa da SEDES, analisa a visita do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, a Moscovo, onde se reuniu com Vladimir Putin, dias depois de ter visitado Kiev. Para o comandante, esta visita foi “uma fantochada”, não augurando nada de bom da presidência rotativa do Conselho da União Europeia, que será chefiada pela Hungria nos próximos seis meses.
Visita de Orbán a Moscovo surge "no momento mais inoportuno" para a UE
Sónia Sénica analisa a visita do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, a Moscovo, onde se reuniu com Vladimir Putin, dias depois de ter visitado Kiev.
Primeiro Zelensky, depois Putin: "missão de paz" de Orbán deixa a Europa em alerta
Modi quer discutir com Putin situação de indianos recrutados para Exército russo
O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, quer discutir com o presidente russo, Vladimir Putin, durante a sua visita a Moscovo na próxima semana, a situação dos cidadãos indianos que alegadamente foram contratados para servir pelo Exército russo na Ucrânia.
O anúncio foi feito pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da Índia, Vinay Kwarta, que indicou que tudo fará para garantir que cerca de 40 cidadãos indianos que participaram de alguma forma na invasão da Ucrânia pelo lado russo regressem a casa, segundo o jornal The Indian Express.
Nos últimos meses, as autoridades indianas têm apelado à Rússia para rescindirem os contratos de vários dos seus cidadãos que foram recrutados pelo Exército russo para realizar "trabalho de apoio", embora pelo menos quatro deles tenham morrido em combate.
Em maio, quatro pessoas foram detidas na Índia por participarem numa alegada rede de tráfico de seres humanos que facilitava este tipo de contratação.
Casa Branca expressa preocupação com visita de Orbán a Moscovo
A Casa Branca manifestou esta sexta-feira preocupação com a visita do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, a Moscovo, onde visitou o presidente russo, Vladimir Putin.
Segundo a porta-voz da Casa Branca, Karin Jean-Pierre, esta viagem do líder húngaro à Rússia, a menos de uma semana do início em Washington da cimeira da NATO de que a Hungria é país-membro, "não vai promover a causa da paz e é contraproducente para o apoio à soberania, integridade territorial e independência da Ucrânia".
Hungria cancela reunião com MNE alemã após visita a Moscovo
O Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão diz ter ficado "surpreendido" com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Hungria, que cancelou uma reunião prevista para segunda-feira, em Budapeste, após a visita de Orbán a Moscovo.
Citado pela Reuters, o ministério alemão diz em comunicado sublinhou a necessidade de ter uma discussão "séria e honesta" com a Hungria, depois da visita de Viktor Orbán a Moscovo, esta sexta-feira.
Ucrânia recebe da Alemanha terceiro sistema de defesa aérea Patriot
A Ucrânia recebeu o terceiro sistema de defesa aérea Patriot, prometido em abril pela Alemanha, para ajudar o país a lidar com os bombardeamentos russos, anunciou a embaixada alemã em Kiev.
Kiev tem pedido aos aliados ocidentais novos sistemas modernos de defesa aérea para se proteger dos ataques russos, que têm como alvo centrais elétricas e campos de aviação militares.
“O terceiro sistema de defesa aérea Patriot da Alemanha já chegou à Ucrânia. Virá fortalecer a proteção da população e das infraestruturas”, explicou Martin Jaeger, o embaixador alemão em Kiev, na sua conta da rede social X.
Berlim anunciou no início de abril a sua intenção de fornecer um sistema Patriot adicional à Ucrânia, depois de dois outros já enviados por Berlim.
Aliados da NATO vão enviar pelo menos 40 mil milhões de euros por ano à Ucrânia
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, informou que os membros da Aliança deverão fornecer um mínimo de 40 mil milhões de euros anualmente em apoio militar à Ucrânia.
"Desde a invasão em grande escala pela Rússia, os aliados forneceram cerca de 40 mil milhões de euros em ajuda militar todos os anos. Os aliados concordam que esta é uma base mínima, e espero que os aliados decidam na cimeira manter este nível durante o próximo ano", disse Stoltenberg numa conferência de imprensa antes da reunião que os líderes aliados realizarão na próxima semana em Washington.
Nessa reunião, espera-se que os países da NATO autorizem um pacote com medidas para apoiar a Ucrânia, incluindo um compromisso financeiro para fornecer ajuda militar a Kiev no valor de 40 mil milhões de euros ainda este ano.
Montenegro vinca que Orbán não tem "qualquer mandato” para contactos com a Rússia em nome da UE
O primeiro-ministro português afirmou esta sexta-feira que a posição da União Europeia quanto à Rússia “é clara”, de pleno apoio à Ucrânia, e salientou que “não existe qualquer mandato para contactos com a Rússia em nome da UE”.
A posição de Luís Montenegro foi expressa na rede social X, em português e inglês, no dia em que o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, viajou para Moscovo, dias depois de fazer a sua primeira visita a Kiev desde o início da invasão russa da Ucrânia.
“A posição da UE relativamente à Rússia é clara: pleno apoio à Ucrânia contra a guerra de agressão russa. Não existe qualquer mandato para contactos com a Rússia em nome da UE. A nossa unidade é a nossa força”, escreveu o primeiro-ministro português.
A posição da UE relativamente à Rússia é clara: pleno apoio à Ucrânia contra a guerra de agressão russa. Não existe qualquer mandato para contactos com a Rússia em nome da UE. A nossa unidade é a nossa força.
— Luís Montenegro (@LMontenegropm) July 5, 2024
Orbán admite que Moscovo e Ocidente estão "muito distantes" quanto ao fim da guerra
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, reconheceu esta sexta-feira, após encontrar-se em Moscovo com o presidente russo, Vladimir Putin, que as posições da Rússia e do Ocidente estão "muito distantes" sobre a guerra na Ucrânia.
“Queria ouvir e escutei a opinião de Putin (…) As posições estão muito distantes, é preciso dar muitos passos para chegar mais perto do fim da guerra, mas o passo mais importante foi o estabelecimento de contactos e vou continuar a trabalhar", afirmou Orbán em declarações à imprensa no âmbito da sua visita de surpresa à capital russa, que motivou críticas dos seus pares europeus.
Orbán reivindicou que a Hungria é o único país da União Europeia (UE) capaz de dialogar com Moscovo e com o Ocidente e justificou que, “para a Europa, a paz é o mais importante” e que “a Europa precisa de paz”.
"Há dois anos e meio que vivemos na Europa à sombra da guerra. Isto cria grandes dificuldades para a Europa. Vemos muita destruição e sofrimento. Esta guerra está a começar a afetar o crescimento económico e a nossa competitividade", afirmou.
Zelensky quer duplicar capacidades de defesa aérea na Ucrânia "durante o verão"
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou esta sexta-feira que quer duplicar, ainda este verão, as capacidades de defesa da aérea com sistemas Patriot avançados.
"Como prometemos, devemos duplicar as nossas capacidades de defesa aérea durante o verão", indicou Zelensky, admitindo estar confiante de que a próxima da cimeira da NATO tratá "resultados poderosos" nesse sentido.
I want to thank our partners for fulfilling their commitments regarding air defense. We set a goal to double the strength of our air shield, and today marks the beginning of this.
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) July 5, 2024
I am grateful to Germany for the Patriot system, which is already in Ukraine—this is excellent… pic.twitter.com/dP4dXssqZX
Stoltenberg espera adesão da Ucrânia à NATO até 2034
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenbeg, disse ter esperança que a Ucrânia adira à aliança militar dentro dos próximos dez anos, segundo a agência dpa.
Nas vésperas da cimeira da NATO em Washington, que decorrerá entre 9 a 11 de julho, Stoltenberg apelou a um aumento da assistência militar a Kiev.
"Putin acha que pode deixar-nos de fora. Precisamos de convencê-lo de que ele não pode durar mais que nós, e então isso cria condições para o fim da guerra", disse o secretário-geral da NATO.
Orbán encontra-se com Putin em Moscovo mas garante: "Não estamos a negociar"
Viktor Orbán, o primeiro-ministro da Hungria, fez uma visita a Moscovo esta sexta-feira. Durante uma entrevista a uma rádio em Budapeste, antes da viagem, Orbán disse que não tem mandato na União Europeia para negociar em nome de ninguém e que tudo o que pode fazer é ir até aos locais onde existe uma guerra para esclarecer factos e fazer perguntas.
Orbán pediu cessar-fogo à Rússia, mas Putin disse que Ucrânia não quer parar a guerra
Vladimir Putin revelou em conferência de imprensa que Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria, pediu um cessar-fogo ao conflito gerado pela invasão da Ucrânia. Mas o presidente russo garantiu que Kiev não está pronta para parar a guerra até tê-la vencido.
Putin garantiu que a conversa com o líder húngaro se focou também nas relações entre Rússia e a União Europeia, sublinhando que as mesmas estão no seu “ponto mais baixo”.
Putin e Orbán terminam reunião
As conversações entre Putin e Viktor Orbán terminaram, noticia a agência RIA.
Kiev critica visita de primeiro-ministro húngaro a Moscovo
A diplomacia ucraniana criticou hoje a visita do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, a Moscovo, "sem acordo prévio", para discutir a situação na Ucrânia com o Presidente russo, Vladimir Putin.
O líder húngaro deslocou-se na terça-feira a Kiev para se encontrar com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, numa iniciativa inédita e apesar das relações frias entre os dois países, em particular devido à indulgência de Budapeste face à invasão russa da Ucrânia.
Depois de duras críticas da União Europeia e de grande parte dos Estados-membros, a diplomacia ucraniana critica agora Orbán, pela sua deslocação a Moscovo, para falar sobre o conflito militar desencadeado pela invasão russa.
“A decisão de fazer esta viagem foi tomada pelo lado húngaro sem qualquer acordo ou coordenação com a Ucrânia”, informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano num comunicado.
“Lembramos que para o nosso país o princípio ‘nenhum acordo sobre a Ucrânia sem a Ucrânia’ permanece inviolável”, insistiu o Ministério no seu comunicado.
Opositor russo Kara-Murza transferido para o hospital
O opositor russo Vladimir Kara-Murza foi transferido para o hospital, anunciou a sua mulher, Evgenia.
Kara-Murza encontra-se a cumprir uma sentença de 25 anos de prisão, depois de ter sido detido por condenar repetidamente a invasão russa da Ucrânia.
A mulher do opositor diz que o marido sofre de problemas nos nervos e que Kara-Murza sofreu a duas tentativas de envenenamento.
Stoltenberg: "Deve ser a Ucrânia a decidir condições" para paz
O secretário-geral da NATO garante que não há sinais de que a Rússia esteja pronta para a paz e que "deve ser a Ucrânia a decidir quais são as condições aceitáveis para se iniciarem conversações sobre paz".
Stoltenberg diz que NATO quer Ucrânia "bem preparada para se juntar à aliança"
A NATO está a ajudar a Ucrânia a preparar-se para aderir à aliança militar, afirmou o Secretário-Geral, Jens Stoltenberg. "Todo o trabalho que estamos a fazer é para tornar a Ucrânia mais forte e mais bem preparada para se juntar à nossa aliança", disse Stoltenberg na cimeira da NATO.
Stoltenberg disse ainda que espera que os países da NATO forneçam mais defesa aérea e munições à Ucrânia.