GUERRA AO MINUTO | Rússia abate 36 drones ucranianos durante a noite. Bombardeamento em Donetsk fere quatro russos
O que está a acontecer
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OSCE reconhece ações russas como genocídio contra o povo ucraniano
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Zaporizhzhia vai ter 10 escolas subterrâneas até ao final do ano
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Quatro bombeiros russos feridos em bombardeamento ucraniano em Donetsk
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Rússia diz ter abatido 36 drones ucranianos
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Zelensky pede aos países ocidentais que acelerem entrega de armas a Kiev
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Ataque russo a Zaporizhzhia faz seis mortos. Vários edifícios ficaram danificados
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UE aprova novo pacote de sanções contra Bielorrússia
Ucrânia, EUA e Israel negoceiam envio de até oito sistemas Patriot para Kiev
A Ucrânia, os EUA e Israel estão em negociações para fornecer à Ucrânia até oito sistemas de defesa área Patriot. A informação foi avançada esta quinta-feira pelo Financial Times, que cita fontes que estão a par das conversações.
De acordo com as mesmas, o acordo ainda não está finalizado, mas as linhas gerais foram discutidas entre ministros e altos funcionários dos três países. O documento pode incluir, dizem, o envio de Patriot de Israel para os EUA e, posteriormente, para a Ucrânia.
Breaking news: The arrangement would likely involve eight highly prized Patriot systems being sent first from Israel to the US, before being delivered to Ukraine. The move would dramatically improve Ukraine's ability to counter Russian air strikes https://t.co/3gTky9CZGG pic.twitter.com/X5b5VHt6md
— Financial Times (@FT) June 27, 2024
Siga ao minuto:
OSCE diz que ações russas são genocídio contra o povo ucraniano
A Assembleia Parlamentar da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) reconheceu as ações russas como genocídio contra o povo ucraniano. A informação foi avançada por um membro da delegação ucraniana, Pavlo Frolov, no Telegram.
"No dia de abertura da sessão de verão em Bucareste, a Assembleia Parlamentar da OSCE adotou uma resolução que condena os 10 anos de agressão armada da Rússia contra a Ucrânia, reconhecendo as ações da liderança militar e política da Federação Russa e das suas forças armadas durante a invasão em grande escala como genocídio do povo ucraniano", escreveu.
O documento, de acordo com Frolov, também estabelece a desocupação russa dos territórios ucranianos como um pré-requisito necessário para estabelecer uma paz duradoura.
Zaporizhzhia vai ter 10 escolas subterrâneas até ao final do ano
A região ucraniana de Zaporizhzhia pode vir a ter 10 escolas subterrâneas até ao final do ano. Os trabalhos já estão a decorrer em cinco locais.
"10 escolas subterrâneas em Zaporizhzhia e nas comunidades da região de Zaporizhzhia é o nosso objetivo para 2024. Já estamos a construir cinco abrigos para espaços educativos. Planeamos lançar o processo educativo no outono", anunciou Ivan Fedorov, chefe da administração militar regional, através do Telegram.
Em breve, acrescenta, vão arrancar os trabalhos noutros dois locais.
Ucrânia diz que a Rússia perdeu 1.140 soldados no sábado
Desde o início do conflito, a Rússia perdeu 542.700 soldados. O número é avançado pelo Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia este domingo, explicando que nas últimas 24 horas foram registadas 1.140 baixas do lado russo.
A Ucrânia dá também conta do número de perdas materiais para a Rússia. Foram perdidos 8.080 tanques, 15.524 veículos blindados de combate e 14 533 sistemas de artilharia. Entre os danos, contabilizam-se também 360 aviões, 11.584 drones e 28 navios e barcos.
Quatro bombeiros russos feridos em bombardeamento ucraniano em Donetsk
Quatro bombeiros russos ficaram feridos na sequência de um bombardeamento ucraniano em Donetsk, informa o ministério das Situações de Emergência este domingo.
"No distrito de Petrovsky, os bombeiros do departamento estavam a apagar um incêndio que ocorreu após bombardeamentos (ucranianos), escreveram no Telegram. "Houve um alerta para um novo ataque de artilharia. O bombardeamento atingiu-os quando estavam a evacuar", acrescentaram.
Rússia diz ter abatido 36 drones ucranianos durante a noite
Os sistemas de defesa antiaérea russos destruíram 36 drones lançados pela Ucrânia durante a noite. É o que diz o ministério da Defesa russo este domingo.
Dos 36 drones abatidos, 15 foram destruídos sobre a região de Kursk, nove sobre Kursk e outros nove sobre Lipetsk. Houve ainda a destruição de quatro drones em Voronezh e Bryansk e dois em Oryol e Belgorod.
Costa faz parte de um “triângulo muito forte” que é “boa notícia” para a Ucrânia
Azeredo Lopes, comentador da CNN Portugal, analisa o atual ponto da guerra na Ucrânia. “Estamos a assistir a um relativo acalmar da frente de batalha”, diz, destacando depois a abertura de Volodymyr Zelensky a uma solução pela via diplomática. O analista explica ainda como o resultado eleitoral em França irá influenciar o conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Azeredo Lopes destaca também a “boa notícia” nos nomes escolhidos para a cúpula das instituições europeias, incluindo o de António Costa, com um “triângulo muito forte”.
Zaporizhzhia: mísseis russos matam sete pessoas, incluindo duas crianças. "É preciso destruir os terroristas onde eles estão", responde Zelensky
Zelensky pede aos países ocidentais que acelerem entrega de armas a Kiev
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apelou aos seus aliados ocidentais para que “acelerem” o fornecimento de armas às forças de Kiev, na sequência de novos ataques mortais da Rússia.
“As decisões de que necessitamos devem ser aceleradas. Qualquer atraso nas decisões nesta guerra significa a perda de vidas humanas”, defendeu Zelensky, apelando à entrega de armas para “destruir os lançadores de mísseis russos”.
Os mais recentes ataques russos aconteceram hoje contra uma cidade na região de Zaporijia e aldeias da região de Donetsk, no sul e leste da Ucrânia, provocando 11 mortos.
Moscovo já atacou Zaporijia e cidades vizinhas várias vezes desde que a sua ofensiva na Ucrânia começou em 2022, mas nas últimas semanas concentrou os seus esforços principalmente no leste do país e não no sul.
Tropas russas bombardeiam Kurakhivka: há pelo menos um morto e dois feridos
As tropas russas voltaram a bombardear a aldeia de Kurakhivka, na região de Donetsk, matando uma pessoa e ferindo outras duas. Segundo uma publicação no Telegram pelo chefe da Administração Militar Regional de Donetsk, Vadym Filashkin, esta é a segunda vez hoje que a aldeia foi bombardeada, tendo uma pessoa ficado ferida durante a manhã.
De acordo com informações preliminares, outra pessoa foi ferida em Sloviansk, acrescentou Filashkin. As consequências do bombardeamento estão a ser apuradas.
Ataque russo a Zaporizhzhia faz seis mortos. Vários edifícios ficaram danificados
Novos desenvolvimentos sobre o ataque russo deste sábado a Zaporizhzhia. De acordo com a Reuters, as forças russas atacaram a cidade de Vilniansk, nos arredores da cidade, no sudeste do país, matando seis pessoas e ferindo outras oito. O ataque também danificou infraestruturas, uma loja e edifícios residenciais.
“Custa-nos mais, porque a Ucrânia sente-se atraída pela nossa forma humana de estar no mundo”
Orlando Samões, especialista em relações internacionais, analisa o atual momento da guerra na Ucrânia. “Escolheram lutar, e isso tem o custo que estamos agora a ver”, refere, destacando que as mortes de civis são “a maior tragédia” das guerras. Orlando Samões diz que será muito difícil à Ucrânia afastar as tropas russas para o seu país de origem sem ataques no território do seu invasor.
Ferro de Gouveia: Nomeação de Costa para Conselho Europeu é “boa notícia” para a Ucrânia
Helena Ferro de Gouveia, comentadora da CNN Portugal, explica como os Estados Unidos da América têm interesse em que a Ucrânia se continue a defender sozinha. A especialista completa que o lado americano tem a preocupação “de dar as melhores condições de defesa possível” à Ucrânia, tendo em conta o possível cenário de uma troca na presidência dos EUA com as eleições de novembro. Ferro de Gouveia refere também as três nomeações conhecidas esta semana para as instituições europeias, incluindo a de António Costa para a presidência do Conselho Europeu, que considera “boas notícias” para a questão ucraniana.
Russos atingem instalações críticas em Zaporizhzhia
As forças russas atingiram "infraestrutura crítica" na região ucraniana de Zaporizhzhia, avança a agência Ukrinform, que cita uma publicação de Ivan Fedorov, diretor de operações militares daquele distrito. "Os russos atacaram uma instalação crítica no distrito de Zaporizhzhia. Há danos", refere.
Tropas russas atacam Derhachi com bombas guiadas
As tropas russas atingiram a cidade de Derhachi, na região de Kharkiv, com bombas aéreas guiadas. A informação é avançada pelo chefe da administração militar da cidade, no Telegram.
O ataque danificou casas particulares, mas não há ainda informações sobre possíveis vítimas.
Ainda não há equilíbrio no terreno, mas "a Ucrânia está a começar a atingir a Rússia onde mais lhe dói"
João Annes, do Observatório de Segurança e Defesa da SEDES, acredita que a Ucrânia está a começar a "criar disrupção na capacidade russa de atacar". Para tal, diz, Kiev tem feito contra-ataques "com maior sucesso" e com "uma maior capacidade de se defender".
Zelensky quer a paz? "Há uma inversão, ainda que pequena, da posição ucraniana em relação à invasão"
Volodymyr Zelensky garantiu que não quer prolongar a guerra. Para Pedro Froufe, especialista em Relações Internacionais, as declarações do presidente servem "para afirmar a posição ucraniana sem perder o pé em relação ao objetivo defensivo".
Eleições nos EUA e na Europa põem em causa "organização do sistema democrático ocidental para apoiar a Ucrânia"
O tenente-general Marco Serronha afirma que a prestação de Joe Biden no debate frente a Donald Trump "preocupa" toda a gente". Para o comentador, a situação norte-americana bem como as eleições na Europa podem ser prejudiciais para o apoio a Kiev.
Papa expressa alegria pela libertação de dois padres greco-católicos da Ucrânia
O Papa Francisco expressou hoje a sua alegria pela libertação de dois padres greco-católicos ucranianos que foram feitos prisioneiros por militares da Federação Russa.
"Agradeço a Deus pela libertação de dois padres greco-católicos", disse o pontífice a centenas de fiéis no final da oração do Angelus, por ocasião da festa de São Pedro e São Paulo, padroeiros de Roma.
Segundo a agência de notícias EFE, o Papa reiterou o desejo de que "todos os prisioneiros" da guerra entre Rússia e Ucrânia "possam voltar para casa".
"Rezemos juntos, para que todos os prisioneiros voltem para casa. Penso com tristeza nos irmãos e irmãs que sofrem com a guerra" e em todas as populações feridas e ameaçadas pelos combates", afirmou.
"Que Deus os liberte e os sustente na luta pela paz", sublinhou o pontífice, que semana após semana apela ao fim das guerras e conflitos armados que têm sido travados por todo o mundo.
As declarações do Papa foram feitas pouco depois de ser anunciado que 10 civis ucranianos foram libertados do cativeiro russo e bielorrusso, numa troca de prisioneiros assistida pelo Vaticano.
Entre os prisioneiros libertados está um dos líderes da minoria tártara da Crimeia e dois padres da Igreja Greco-Católica ucraniana.
Sviatoslav Shevchuk, chefe da igreja Greco-Católica ucraniana, expressou a sua "sincera gratidão" ao Papa Francisco e ao Vaticano pela sua contribuição para a libertação dos dois sacerdotes.
Ivan Levitski e Bohdan Geleta foram detidos pelas forças russas em novembro de 2022, em território ucraniano ocupado por Moscovo, e só se soube que estavam vivos em maio deste ano.
Nas últimas semanas, o papa reuniu-se em Roma com mães e esposas de soldados ucranianos presos na Rússia, que pediram a sua ajuda para garantir a libertação dos seus filhos e maridos.
UE aprova novo pacote de sanções contra Bielorrússia
O Conselho da União Europeia aprovou hoje um novo pacote de sanções contra a Bielorrússia, tendo por objetivo evitar que a Rússia contorne as medidas restritivas através de Minsk.
Entre as sanções aprovadas está a proibição da importação de carvão, petróleo bruto e quaisquer produtos minerais, ouro, diamantes ou hélio da Bielorrússia.
Por outro lado, Bruxelas proibiu os países de exportarem para Minsk bens e tecnologias de dupla utilização, ou seja, que possa ser adequados aos domínios militar e civil, bem como produtos para refinar petróleo.
A UE travou igualmente a prestação de determinados serviços à Bielorrússia, da contabilidade à publicidade, quer se destinem ao Governo, aos organismos públicos ou a qualquer pessoa ou empresa que atue sob as ordens do país.
Conforme detalhou, em comunicado, o veto abrange também serviços de auditoria, assessoria jurídica, consultoria financeira, empresarial e de tecnologias de informação, arquitetura, engenharia, publicidade e relações públicas, análises de mercado e testes de produtos e serviços de inspeção técnica.
Em matéria de transportes, as sanções preveem a proibição de utilização de reboques e semirreboques, registados na Bielorrússia, para o transporte rodoviário de mercadorias dentro da UE.
As novas sanções obrigam as empresas da UE que exportam armas de fogo, munições e tecnologias sensíveis para fora do mercado comunitário a incluírem nos seus contratos a denominada como “cláusula não à Bielorrússia”.
Esta cláusula exclui a possibilidade de reexportação dos bens em causa para a Bielorrússia.
A UE também cancelou o trânsito de bens e tecnologias de dupla utilização através do território bielorrusso.
Na segunda-feira, tinha sido aprovado o 14.º pacote de sanções da UE contra a Rússia, após a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022.
"No teatro de operações as coisas não estão a correr nada, nada bem à Ucrânia. E o presidente já moderou o discurso"
O major-general Agostinho Costa diz que há avanços "preocupantes" no terreno. A par do "pânico" nos EUA, com a prestação de Biden no debate contra Trump, o comentador garante que os avanços já levaram Zelensky a "moderar o discurso".