GUERRA AO MINUTO | Marcelo sobre a cimeira da Suiça: "É muito difícil tratar de forma pacífica e duradoura sem estarem todos os envolvidos"
O que está a acontecer
-
Kremlin diz que Zelensky deve refletir sobre proposta de paz de Putin
-
Centenas participam na primeira marcha do orgulho LGBT em Kiev desde início da guerra
-
Fotojornalista russo morre em ataque com drones ucranianos
-
EUA dizem que plano de cessar-fogo de Putin é inaceitável e acusam presidente russo de falta de interesse em "negociar de boa fé"
-
Rússia insta ONU e Estados-membros a recusarem participar na Conferência para a Paz
-
G7 afirma que Rússia tem de pagar quase 486 mil milhões de euros para reconstruir a Ucrânia
-
NATO terá maior papel na distribuição de armas à Ucrânia
-
Podolyak rejeita as condições de Putin
-
Lavrov: o conceito de segurança euro-atlântica já não é relevante para a Federação Russa
-
Putin impões as condições para um cessar-fogo na Ucrânia: "Os novos territórios ficam para sempre com a Federação Russa, esta questão nem pode ser discutida"
-
Putin diz que é preciso um novo modelo de segurança mundial: "Estamos perto do ponto sem retorno"
-
EUA estudam novas medidas contra empresas chinesas que fornecem o sector de defesa da Rússia
-
Zelensky agradece atribuição de 50 mil milhões de dólares pelo G7
-
Kremlin diz que Ocidente está "infetado pela russofobia" e ameaça retaliar restrições à circulação dos seus diplomatas na UE
Kremlin desmente Trump: "Putin não mantém contacto" com o ex-presidente dos EUA
"Putin, naturalmente, não tem quaisquer contactos com Donald Trump." Foi desta forma que o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, desmentiu o ex-presidente norte-americano, que afirmou esta quarta-feira que, foi reeleito para um mandato na Casa Branca, seria capaz de garantir a libertação do repórter do Wall Street Journal, Evan Gershkovich, de uma prisão russa.
Gershkovich foi detido na Rússia em março do ano passado, por suspeitas de espionagem - acusações que o jornalista, bem como o Wall Street Journal e o próprio presidente dos EUA negaram veementemente. Há mais de um ano que o repórter está na prisão, sem data para julgamento.
Siga ao minuto:
A Cimeira da Paz apela ao regresso das crianças ucranianas deportadas pela Rússia
A declaração final da cimeira de paz na Ucrânia apela ao regresso das “crianças ucranianas deportadas” à antiga república soviética. O texto apela à libertação “de todas as crianças ucranianas ilegalmente deportadas e deslocadas” das áreas ocupadas por Moscovo na Ucrânia, e à “troca completa” de prisioneiros de guerra. O documento também pede o retorno de todos os civis ucranianos “detidos ilegalmente”.
Von der Leyen acusa Putin de colocar condições “ultrajantes” para a paz
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, acusou este domingo o Presidente russo, Vladimir Putin, de propor condições “ultrajantes” para a paz e alertou que será a Ucrânia quem determinará as condições de uma paz justa.
As declarações de Von der Leyen foram feitas no final da cimeira sobre a Ucrânia que se realizou na Suíça.
A Noruega vai doar 103 milhões de dólares para reparar infraestruturas energéticas
A Noruega anunciou este domingo que vai conceder 1,1 mil milhões de coroas (cerca de 103 milhões de dólares) à Ucrânia, para reparar infraestruturas energéticas danificadas pela guerra e garantir o fornecimento de eletricidade durante próximo inverno.
O primeiro-ministro norueguês, Jonas Gahr Store, afirmou em comunicado que o seu Executivo mantém um “diálogo próximo com a Ucrânia sobre como utilizar estes fundos de forma mais eficaz” e sublinhou que é importante começar a reparar as infraestruturas antes da chegada do inverno.
Zelensky diz que Rússia não está pronta para ser envolvida em processo para paz justa
A Cimeira para a Paz na Suíça em imagens
Quatro países da CPLP apoiam comunicado final da Cimeira para a Paz
O comunicado final adotado na Cimeira para a Paz na Ucrânia, realizada no sábado e hoje na Suíça, foi apoiado por quatro Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), designadamente Portugal, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
A declaração final da primeira Cimeira para a Paz, que defende “os princípios da soberania, da independência e da integridade territorial” da Ucrânia, recolheu o apoio de mais de 80 países e organizações, mas não do Brasil - que decidiu não participar ativamente na conferência, tendo enviado apenas um observador, a embaixadora brasileira na Suíça, Cláudia Fonseca Buzzi -, nem de Angola, Guiné-Bissau e Moçambique, que não se fizeram representar na Suíça, o mesmo sucedendo com a Guiné-Equatorial.
Portugal esteve representado ao mais alto nível, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, enquanto Cabo Verde e Timor-Leste se fizeram representar pelos primeiros-ministros Ulisses Correia e Silva e Xanana Gusmão, respetivamente, e a delegação de São Tomé e Príncipe foi encabeçada pelo chefe de diplomacia, Gareth Guadalupe.
No sábado, questionado sobre a ausência de vários membros da CPLP, Marcelo Rebelo de Sousa disse acreditar que mesmo aqueles que não participam na cimeira partilham o desejo de que seja alcançada a paz na Ucrânia.
Brasil entre países que não assinaram comunicado final de cimeira de paz
O Brasil foi um dos países que não assinaram hoje o comunicado final da Cimeira para a Paz na Ucrânia, documento que pede o envolvimento de todas as partes nas negociações de paz e “reafirma a integridade territorial” ucraniana.
Segundo a agência noticiosa espanhola Efe, entre os países presentes que não assinaram o comunicado estão os Estados-membros do BRICS, um bloco de países composto por Brasil, Índia e África do Sul, bem como pelas ausentes China e Rússia.
Também não subscreveram o documento Arménia, Barém, Indonésia, Líbia, Arábia Saudita, Tailândia, Emirados Árabes Unidos e México.
O documento, que pede que “todas as partes” do conflito estejam envolvidas para se alcançar a paz, foi subscrito por 84 países, incluindo os da União Europeia, Estados Unidos da América, Japão, Argentina, Somália e Quénia.
Vaticano defende que o diálogo é a única maneira de alcançar uma paz justa
O secretário de Estado do Vaticano defendeu hoje, na Suíça, que a única maneira de alcançar uma paz estável e justa na Ucrânia é através do diálogo e alertou para a necessidade de se prestar assistência humanitária e política.
Segundo adiantou a agência de notícias espanhola Efe, a falar na cimeira internacional sobre a Ucrânia, que decorreu na Suíça no sábado e hoje, Pietro Parolin deu ainda conta do constante compromisso com a paz assumido pelo Papá Francisco.
“A única maneira de alcançar uma paz estável e justa é através do diálogo entre todas as partes envolvidas", defendeu o diplomata da Santa Sé, citado pela Efe.
Falando em nome do chefe de Estado do Vaticano, Pietro Parolin deixou uma garantia: "Em nome do Papa Francisco, desejo confirmar a sua proximidade pessoal ao martirizado povo ucraniano e o seu constante compromisso com a paz".
Pietro Parolin alertou ainda para a necessidade de "prestar assistência e facilitar a mediação, tanto humanitária como política".
E acrescentou: “A Santa Fé espera que os esforços diplomáticos atualmente promovidos pela Ucrânia e apoiados por tantos países sejam reforçados para alcançar os resultados que as vítimas merecem e que o mundo inteiro espera".
12 países recusam assinar acordo
A Cimeira de Paz para a Ucrânia, que reuniu cerca de 60 líderes mundiais e representantes de cerca de 80 governos, terminou hoje com uma declaração conjunta a apelar à segurança nuclear e do trânsito marítimo.
No entanto, 12 países líderes do mundo em desenvolvimento e parceiros da Rússia em certos fóruns recusaram-se a assinar o documento, entre os quais o Brasil, a Índia e a África do Sul - que, juntamente com a Rússia e a China, fazem parte do grupo de economias emergentes conhecido como BRICS - e o México.
Arménia, Bahrein, Indonésia, Líbia, Arábia Saudita, Tailândia e Emirados Árabes Unidos não aderiram à declaração final, enquanto 84 países assinaram o documento, incluindo os países da União Europeia, Estados Unidos, Japão, Argentina, Chile e Equador.
Vários chefes de Estado e de Governo fazem balanço de cimeira e pedem fim da guerra
Vários chefes de Estado e de Governo pediram hoje, através das suas intervenções na sessão plenária na cimeira de paz sobre a Ucrânia ou em comunicado, o fim da guerra no país, criticando a proposta da Rússia.
Na sexta-feira, o Presidente russo, Vladimir Putin, prometeu ordenar imediatamente um cessar-fogo na Ucrânia e iniciar negociações se Kiev começasse a retirar as tropas das quatro regiões anexadas por Moscovo em 2022 e renunciasse aos planos de adesão à NATO.
Estas reivindicações constituem uma exigência de facto para a rendição da Ucrânia, cujo objetivo é manter a sua integridade territorial e soberania, mediante a saída de todas as tropas russas do seu território, além de Kiev pretender aderir à aliança militar.
As condições colocadas por Moscovo foram rejeitadas de imediato pela Ucrânia, Estados Unidos e NATO.
Paulo Rangel diz que questão da segurança alimentar pode pôr mais países do lado da Ucrânia
Cimeira de Paz para a Ucrânia pede envolvimento de “todas as partes”
Áustria duvida que declaração da cimeira seja assinada por todos os participantes
O chanceler austríaco, o conservador Karl Nehammer, indicou que não haverá unanimidade na declaração final da Cimeira da Paz para a Ucrânia, que termina hoje na Suíça, e que provavelmente não será assinada por todos os participantes.
Nehammer, que participa no encontro em Bürgenstock (Suíça) juntamente com representantes de quase uma centena da Estados e organizações, sustentou a sua posição com o facto de alguns países, por exemplo, se mostrarem relutantes em qualificar a Rússia como agressor.
Porém, o chanceler austríaco minimizou a importância desta falta de consenso, afirmando que existe uma posição básica comum e que as conversações na cimeira o "motivaram positivamente", de acordo com a agência noticiosa austríaca APA.
Segundo a informação que está a ser disponibilizada no local, cerca de 80 países apoiam o comunicado conjunto final que sairá da cimeira, bem como instituições da União Europeia e o Conselho da Europa.
O chefe do Governo austríaco referiu que a segurança da central nuclear de Zaporijia, ocupada pela Rússia, a renúncia ao uso de armas atómicas, a exportação de cereais e a troca de prisioneiros estão entre os temas discutidos na cimeira.
Sem avançar pormenores, o chanceler referiu que a intenção é realizar uma nova cimeira na qual serão negociados pontos concretos.
A declaração final será o corolário de dois dias de contactos entre cerca de 100 delegações das quais mais de 60 são pessoalmente chefiadas por presidentes e chefes de Estado e as restantes por ministros ou embaixadores.
Primeira marcha do orgulho LGBT em Kiev desde início da guerra
Marcelo sobre a cimeira da Suiça: "É muito difícil tratar de forma pacífica e duradoura sem estarem todos os envolvidos"
"As intervenções que Zelensky quereria ouvir foram quase todas contra as suas intenções"
Tiago André Lopes considera que o presidente ucraniano queria ouvir as intervenções de países como a Arábia Saudita e o Quénia, mas que estas foram foram "as declarações que quereria ouvir". O comentador diz ainda que o texto final conjunto é "inócuo".
"Temos de dar passos concretos e trazer novos parceiros que deviam ter vindo": o discurso de Marcelo na Suíça
No discurso na Cimeira da Paz para a Ucrânia, Marcelo Rebelo de Sousa disse que o encontro marcou o início do caminho para uma paz justa e duradoura no país. Sem citar nomes, o Presidente da República defendeu que é necessária a participação de quem esteve ausente da reunião.
Cimeira na Suíça foi "muito muito relevante" mas "é preciso envolver todas as partes na solução para a paz", avisa Rangel
Paulo Rangel faz o balanço da Cimeira da Paz na Ucrânia, garantindo que "o diálogo muito importante". O ministro dos Negócios Estrangeiros sublinha, no entanto, a necessidade de "todas as partes" serem "chamadas" para a solução.
Marcelo diz que é "impossível tratar do conflito" na Ucrânia "de forma pacífica e duradoura sem estarem todos envolvidos"
O Presidente da República diz que pode ser "bom" alagar próximas cimeiras a "todas as partes envolvidas" no conflito na Ucrânia. Ainda assim, Marcelo Rebelo de Sousa garante que a reunião na Suíça foi "um sucesso".
Kremlin diz que Zelensky deve refletir sobre proposta de paz de Putin
O Kremlin considerou hoje que a Ucrânia devia refletir sobre a recente proposta de paz do Presidente Vladimir Putin, uma vez que a situação na frente de batalha está a piorar para as forças ucranianas.
"A dinâmica atual da situação na frente [de batalha] mostra-nos claramente que vai continuar a piorar para os ucranianos. É provável que um homem que coloca os interesses do seu país acima dos seus próprios interesses e dos interesses dos seus 'patrões', considere tal proposta", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, referindo-se ao Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.
Na sexta-feira, o Presidente russo, Vladimir Putin, prometeu ordenar imediatamente um cessar-fogo na Ucrânia e iniciar negociações se Kiev começasse a retirar as tropas das quatro regiões anexadas por Moscovo em 2022 e renunciasse aos planos de adesão à NATO.
Estas reivindicações constituem uma exigência de facto para a rendição da Ucrânia, cujo objetivo é manter a sua integridade territorial e soberania, mediante a saída de todas as tropas russas do seu território, além de Kiev pretender aderir à aliança militar.
As condições colocadas por Moscovo foram rejeitadas de imediato pela Ucrânia, Estados Unidos e NATO.
Peskov afirmou ainda que não se trata de um ultimato, mas de "uma iniciativa de paz que tem em conta as realidades no terreno".