GUERRA AO MINUTO | Capturar Kharkiv não faz parte do plano atual da Rússia, diz Putin. Zelensky reconhece avanço das tropas russas, mas diz que situação ‘estabilizou’
O que está a acontecer
-
Capturar Kharkiv não faz parte do plano atual da Rússia, diz Putin
-
Rússia lança vários satélites de uso militar
-
Zelensky reconhece avanço das tropas russas, mas diz que situação ‘estabilizou’
-
Rússia diz ter intercetado uma centena de drones ucranianos
-
Exército ucraniano diz ter abatido todos os 20 drones lançados pela Rússia em ataque
-
Ataque de drones causa incêndio em refinaria de petróleo russa
-
Putin enaltece comércio bilateral em visita ao nordeste da China
-
"Rússia não tem forças suficientes para conseguir progressos em Kharkiv", diz comandante da NATO
-
Putin "aprecia posição objetiva e justa" da China sobre a guerra da Ucrânia
-
G7 segue União Europeia e deverá aprovar uso dos lucros dos ativos russos para ajudar a Ucrânia
-
China tem de escolher entre Putin e o Ocidente, diz Departamento de Estado
-
Zelensky em Kharkiv: situação é extremamente difícil, embora “controlada"
Depois de Macron, Attal também não exclui envio de tropas para combater Rússia
O primeiro-ministro da França, Gabriel Attal, não excluiu hoje a possibilidade de enviar tropas para combater a invasão russa da Ucrânia, tal como tinha feito o Presidente francês, Emmanuel Macron, na segunda-feira.
“Não podemos excluir nada numa guerra que, mais uma vez, está a acontecer no coração da Europa e às portas da União Europeia”, disse Gabriel Attal, citado pelo canal de televisão francês RTL.
Emmanuel Macron n'exclut pas l'envoi de troupes occidentales en #Ukraine : "On ne peut rien exclure dans une guerre qui agit au cœur de l'Europe et aux portes de l'Union européenne"
— RTL France (@RTLFrance) February 27, 2024
Le Premier ministre @GabrielAttal invité de @amandine_begot et François Lenglet dans #RTLMatin pic.twitter.com/0BXpWaSmGS
Attal lembrou que “há dois anos”, muitos países “excluíam o envio de armas”, incluindo armas de defesa, aos ucranianos.
“Hoje estamos a enviar mísseis de longo alcance para apoiar os ucranianos face a esta agressão”, sublinhou o governante.
Attal disse que a França não aceita que "a Rússia possa vencer esta guerra" e que o Presidente russo Vladimir Putin possa "dizer que assumiu o controlo de outro país livre e democrático através da força".
O primeiro-ministro francês recordou que a Suécia e a Finlândia, historicamente neutras, decidiram aderir à NATO porque veem uma ameaça a chegar.
“Não quero que a minha geração e as gerações que vierem cresçam num mundo (...) de ameaças”, acrescentou Attal.
Na segunda-feira, Emmanuel Macron frisou que o envio de tropas ocidentais para a Ucrânia não deve “ser descartado” no futuro, anunciando ainda uma coligação para a entrega de mísseis de médio e longo alcance a Kiev.
Siga ao minuto:
Capturar Kharkiv não faz parte do plano atual da Rússia, diz Putin
O presidente russo, Vladimir Putin, disse esta sexta-feira que a captura da cidade ucraniana de Kharkiv não faz parte do plano atual da Rússia e que as forças russas que operam nas proximidades estão criando uma “zona tampão” para a própria segurança da Rússia.
Putin disse ainda, numa conferência na China, onde está numa visita oficial, que que todas as operações militares decorrem conforme o planeado.
Forças russas expandiram a área de combate ativo em quase 70 quilómetros
As forças russas expandiram a área de combate ativa em quase 70 quilómetros, com o lançamento da ofensiva na região de Kharkiv, disse o chefe do exército ucraniano, Oleksandr Syrskyi, na sexta-feira, citado pela Reuters.
Syrskyi disse que a Rússia lançou a ofensiva para forçar a Ucrânia a enviar brigadas de reserva adicionais para combate. Ele acrescentou que espera que os combates se intensifiquem à medida que as tropas de Kiev também se preparam para defender a região norte de Sumy.
Imagens satélite mostram caças russos destruídos na Crimeia
Imagens de satélite obtidas exclusivamente pela CNN mostram três jatos russos destruídos e edifícios danificados na base aérea de Belbek, na cidade portuária ocupada de Sebastopol, na quarta-feira.
Rússia lança vários satélites de uso militar
As Forças Aeroespaciais Russas lançaram esta sexta-feira um número indeterminado de satélites militares a partir do cosmódromo de Pletsetsk, localizado no noroeste do país. A informação é avançada pelo Ministério da Defesa russo no seu canal Telegram, citado pela Efe.
“Em 17 de maio de 2024, do cosmódromo de Plesetsk (região de Arkhangelsk), um foguete transportador Soyuz 2.1b com dispositivos espaciais a bordo foi lançado no interesse do Ministério da Defesa russo”, pode ler-se no breve comunicado militar.
Os foguetes Soyuz 2.1b são capazes de colocar até 7,7 toneladas de carga em órbitas baixas.
Zelensky reconhece avanço das tropas russas, mas diz que situação ‘estabilizou’
Volodymir Zelensky diz que a situação em Kharkiv “estabilizou”. De acordo com a RBC-Ucrânia, o presidente ucraniano reconhece que as forças russas avançaram 10 quilómetros numa área da região.
Rússia diz ter intercetado uma centena de drones ucranianos
Os sistemas de defesa aérea russos garantem ter intercetado mais de uma centena de drones ucranianos dirigidos contra o sul e leste da Rússia, o Mar Negro e a península anexada da Crimeia.
A informação é avançada pelo Ministério da Defesa russo, em comunicado, esta sexta-feira: “51 veículos aéreos não tripulados foram destruídos e intercetados na Crimeia, 44 na região de Krasnodar, seis na região de Belgorod e um na região de Kursk. (…) Durante a noite, a aeronáutica naval e os navios de patrulha da Frota do Mar Negro destruíram seis drones navais”.
Exército ucraniano diz ter abatido todos os 20 drones lançados pela Rússia em ataque noturno
O Exército ucraniano diz ter abatido todos os 20 drones que a Rússia lançou num ataque noturno, nas regiões de Kharkiv, Poltava, Vinnytsia, Odessa e Mykolaiv.
Kiev volta a sofrer cortes de energia após ataques russos
A capital ucraniana voltou a sofrer cortes de energia, na sequência de ataques russos contra o setor energético do país, algo que não acontecia há mais de um ano.
Os apagões, programados pelas empresas fornecedoras de energia para poupar eletricidade, começaram esta quarta-feira em Kiev. A situação é ainda mais dramática, dado que os cortes coincidem com o aumento da procura em todo o país devido à descida das temperaturas.
Ataque de drones causa incêndio em refinaria de petróleo russa
Um incêndio na refinaria de petróleo de Tuapse, na costa do Mar Negro, na sequência de um ataque de um drone ucraniano, já foi extinto, informou a agência TASS, citando as autoridades locais.
As defesas aéreas russas e a frota do Mar Negro destruíram 102 drones ucranianos e seis barcos sem tripulação durante a noite, informou o Ministério da Defesa da Rússia.
Rússia diz que garantias de segurança de 2021 discutidas com o Ocidente já não são relevantes
As garantias de segurança que a Rússia discutiu com o Ocidente em 2021 já não são relevantes, afirmou o vice-ministro das Relações Exteriores, Sergei Ryabkov, citado pela TASS.
Na mesma declaração, Ryabkov afirmou ainda que a Rússia vai reagir de forma adequada a qualquer comportamento nuclear ambíguo do Ocidente.
Segundo Ryabkov, o Ocidente adoptou uma postura de incerteza e ambiguidade estratégica em relação à Rússia, tentando dificultar a Moscovo a previsão da forma como a NATO irá reagir em várias situações, incluindo com armas nucleares.
"A Rússia vai pôr de lado o tema das 'linhas vermelhas' e vai responder ao Ocidente de uma forma espelhada", disse Ryabkov numa entrevista à agência TASS.
Putin enaltece comércio bilateral em visita ao nordeste da China
O Presidente russo, Vladimir Putin, enalteceu hoje o aumento das trocas comerciais com a China, numa exposição dedicada à relação bilateral, na cidade chinesa de Harbin, parte de uma visita oficial ao país asiático.
Putin também se vai reunir com estudantes do Instituto de Tecnologia de Harbin.
Capital da província chinesa de Heilongjiang, Harbin foi outrora o lar de muitos expatriados russos e mantém alguns desses laços históricos na arquitetura.
Embora a visita de Putin seja mais simbólica e não tenha produzido resultados concretos, os dois países estão a enviar uma mensagem clara, segundo analistas.
"Estão a lembrar ao Ocidente que podem ser desafiantes quando querem", disse Joseph Torigian, investigador do Instituto Hoover da Universidade de Stanford, citado pela Associated Press.
Na exposição em Harbin, Putin enfatizou a importância da cooperação Rússia - China no desenvolvimento conjunto de novas tecnologias.
"Apoiando-nos nas tradições de amizade e cooperação, podemos olhar para o futuro com confiança", disse. "A parceria entre Rússia e China contribui para o crescimento económico dos nossos países, garante a segurança energética, ajuda a desenvolver a produção e criar novos postos de trabalho", argumentou.
Putin iniciou o segundo dia da visita à China com a colocação de flores num monumento aos soldados soviéticos mortos em Harbin, que lutaram pela China contra os japoneses durante a segunda guerra sino-japonesa.
Na cimeira de quinta-feira, Putin agradeceu ao homólogo chinês, Xi Jinping, as propostas chinesas para acabar com a guerra na Ucrânia, enquanto Xi afirmou que a China espera que a Europa regresse rapidamente à paz e à estabilidade.
A declaração conjunta expôs críticas às alianças militares dos EUA na Ásia e no Pacífico.
João Oliveira diz que outros partidos começam a reconhecer discurso do PCP "como a única a saída" para a guerra da Ucrânia
Xi e Putin dão as boas-vindas a uma "nova era" em que Taiwan e Ucrânia correm perigo e a Europa vai ter de fazer escolhas
"Se a Rússia bombardeia cidades ucranianas, não vejo por que razão é que a Ucrânia não há de bombardear cidades russas"
O embaixador Seixas da Costa não acredita que o objetivo da Rússia fosse tomar Kharkiv, mas "criar uma situação de pânico" sobre a cidade ucraniana, "que obrigasse a uma debandada das populações".
Por outro lado, o comentador da CNN Portugal também considera "um objetivo russo" a proteção e criação da 'buffer zone' para tentar evitar que Belgorod continue a ser "flagelada".
Ucrânia: "Se a China e a Rússia demonstram que estão juntas isso pode criar uma reação mais assertiva dos EUA"
Em análise à "demonstração permanente de que a Rússia e a China estão unidas contra os EUA e contra a ordem liberal internacional", a comentadora Diana Soller prevê que, com a aproximação das eleições europeias e face à opinião pública americana, a administração Biden pode começar a ter "uma posição um bocadinho mais agressiva".
Cenário em Kharkiv é "muito grave" e pode "conduzir ao descalabro da situação militar" na Ucrânia
O major-general Agostinho Costa analisa a deslocação de Zelensky a Kharkiv, que terá sido o motivo para o adiamento da viagem do presidente ucraniano à Península Ibérica. Para o especialista em estratégia militar, isto só mostra como a situação naquela região está "muito grave".
Visita de Putin a Xi revela como a China está a tentar "mostrar uma solidez política contra o Ocidente"
Jorge Tavares da Silva analisa a visita de Vladimir Putin a Xi Jinping, na China, descrevendo-a como "uma encenação de solidez" política entre os dois líderes contra o Ocidente.
Cidade de Kharkiv sob ataque russo
Ihor Terekhov, autarca de Kharkiv, avançou esta quinta-feira à noite à agência Reuters que a cidade está sob ataque de mísseis russos.
Poucas horas antes, o governador regional Oleh Synehubov, também confirmava, através do Telegram, que drones russos atacaram Kharkiv e cinco foram intercetados.
Ihor Terekhov, disse que Osnovyanskyi uma área periférica da segunda maior cidade da Ucrânia, tinha sido atingida nesse ataque. Ataque provocou um incêndio, mas não há, até ao momneto, registo de vítimas.