GUERRA AO MINUTO | Putin anuncia recandidatura à presidência da Rússia
O que está a acontecer
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Vladimir Putin confirma recandidatura à presidência da Rússia
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Ucrânia repele mais de 50 ataques em 24 horas em Avdiivka e Bakhmut
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Um civil morto e quatro feridos após ataque com mísseis russos em Dnipropetrovsk
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Ucrânia pede à população para economizar consumo de energia após bombardeamento russo contra central elétrica
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“Se precisarmos de conquistar Lisboa para garantir segurança, vamos fazê-lo”: capital portuguesa volta a ser visada por comentadores russos
Elon Musk desligou terminais da Starlink para impedir ataque ucraniano a navios de guerra russos
A CNN Internacional avança em exclusivo pormenores sobre a nova biografia de Elon Musk, que será publicada a 12 de setembro, nomeadamente sobre o envolvimento do empresário na guerra da Ucrânia.
Segundo um excerto do livro de Walter Isaacson, Elon Musk deu ordem aos seus engenheiros para desligarem as comunicações via satélite da Starlink, com o objetivo de prejudicar um ataque surpresa dos ucranianos à frota naval russa ao largo da costa da Crimeia.
À medida que os drones submarinos ucranianos, armadilhados com explosivos, se aproximavam das embarcações russas, perderam conectividade e aproximaram-se dos alvos de forma "inofensiva", escreve Isaacson, citado pela CNN.
A decisão de Musk, de acordo com o autor da biografia, foi tomada por receio de que a Rússia respondesse ao ataque ucraniano com armas nucleares, receio este que Musk não escondeu após conversações com altos oficiais russos.
O dono do X (antigo Twitter) e da Tesla temeu mesmo uma situação semelhante a um "mini-Pearl Harbour", recordando o ataque surpresa da marinha japonesa às forças norte-americanas estacionadas no porto de Honolulu, no Havai, durante a Segunda Guerra Mundial.
Elon Musk chegou mesmo a conversar com o conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jale Sullivan, com o general Mark Milley, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas dos EUA e com o embaixador russo nos Estados Unidos, numa tentativa de apaziguar a sua ansiedade por ver a Starlink envolvida na guerra desta forma.
Recorde-se que, quando a Rússia destruiu os sistemas de comunicações ucranianos, logo antes de invadir território de Kiev, em fevereiro de 2022, Musk decidiu fornecer à Ucrânia terminais de satélite Starlink, que acabaram por se tornar fundamentais para as operações de guerra de Kiev. Quando a Starlink passou a ser determinante para as forças em combate, Musk parece ter questionado a opção que tomara, por considerar que a Ucrânia, com os seus ataques, estava a convidar a Rússia a uma "defesa estratégica".
Siga ao minuto:
A encenação da candidatura de Putin: "uma fábula fabricada para ser exportada e falada"
"Era claro que Putin ia apresentar a candidatura mas, desta vez, escolheu esta fábula de um rei que não sabe exatamente se quer ou não quer, mas depois o povo, representado pelo soldado de um território colonizado, pede-lhe para ele o fazer", explica a ativista russa Ksenia Ashrafullina. "É uma ilusão fabricada para ser exportada, para ser falada e também para ser vendida no interior, e para ser um espetáculo para um consumidor muito específico que é o próprio Putin."
Putin pode muito bem ficar para a história como o governante russo há mais tempo no poder
Não será propriamente uma grande surpresa, mas Vladimir Putin admitiu esta sexta-feira, finalmente, que sim que tenciona recandidatar-se à presidência da federação russa.
Com praticamente todos os opositores na prisão ou exilados no estrangeiro, a "eleição" já está praticamente garantida.
E porque também teve o cuidado de apagar da constituição os limites ao mandato, Putin pode muito bem ficar para a história como o governante russo há mais tempo no poder: até ver, 36 anos.
"O Ocidente tem que estar preparado: não vai haver alterações na política externa russa e a probabilidade de Putin ser reeleito é muito elevada"
Putin anunciou a sua recandidatura à presidência da Rússia "numa reunião muito especial, onde está a condecorar militares russos, e o pedido para ele se recandidatar é feito pelo senhor Artem Zhoga, comandante do batalhão Esparta", sublinha o major-general Carlos Branco. "Isto traz uma carga simbólica acrescida."
Um morto após bombardeamento russo em Kharkiv
Ucrânia critica "decisão vergonhosa" do Comité Olímpico
Ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, considera que a decisão do COI (Comité Olímpico Internacional) de permitir que os atletas russos e bielorrusso participem nos Jogos Olímpicos mina os princípios olímpicos e urge todos os países a condenarem fortemente esta "decisão vergonhosa".
The IOC essentially gave Russia the green light to weaponize the Olympics. Because the Kremlin will use every Russian and Belarusian athlete as a weapon in its propaganda warfare. I urge all partners to strongly condemn this shameful decision, which undermines Olympic principles. https://t.co/7ASNB2aGIp
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) December 8, 2023
Atletas russos e bielorrussos podem participar nos Jogos Olímpicos de 2024 sob bandeira neutra
Atletas russos e bielorrussos vão poder participar nos Jogos Olímpicos de 2024 como neutros, sem bandeiras, emblemas ou hinos, anunciou o Comité Olímpico Internacional (COI).
Os atletas foram inicialmente proibidos de competir internacionalmente após a invasão russa da Ucrânia no ano passado, mas desde então foram gradualmente autorizados a regressar como atletas neutros na maioria dos desportos.
Apenas 11 “atletas individuais neutros” – oito russos e três bielorrussos – estão, neste momento, qualificados para a próxima edição dos Jogos Olímpicos Paris2024.
Putin anuncia recandidatura à presidência da Rússia
O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que vai recandidatar-se ao cargo de presidente nas eleições de março do próximo ano, avança a agência russa TASS.
Vladimir Putin, de 71 anos, fez o anúncio no Kremlin, depois de uma cerimónia de condecoração de soldados russos que lutaram na Ucrânia. Após a cerimónia, Putin foi questionado por um tenente-coronel se vai concorrer novamente ao cargo de presidente. Vladimir Putin disse que sim.
As eleições presidenciais da Rússia estão marcadas para o dia 17 de março do próximo ano.
Kremlin diz que "muitas pessoas" estão a pedir a Putin para que se recandidate a presidente da Rússia
"Muitas pessoas estão a pedir a Putin para que concorra" a um novo mandato presidencial, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, assinalando que o apoio da população ao presidente russo é "percetível".
A Rússia marcou eleições presidenciais para o dia 17 de março do próximo ano, mas o presidente Vladimir Putin ainda não anunciou oficialmente a sua intenção de se candidatar a um novo mandato presidencial, que tem duração de seis anos.
De acordo com Dmitry Peskov, Putin vai anunciar a sua decisão "quando achar apropriado e conveniente". "A decisão será inteiramente dele. Putin sempre contou com o apoio do povo no seu trabalho", acrescentou, citado pela Reuters.
Com o político da oposição Alexei Navalny em prisão preventiva até março de 2024, e outros críticos fora do país depois de serem alvo de uma forte repressão, Putin não enfrenta qualquer opositor político ao cargo.
Kremlin rejeita negociações de paz nos termos da Ucrânia: "É absolutamente irrealista"
"É absolutamente irrealista". Foi assim que Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, reagiu a uma pergunta dos jornalistas sobre se a Rússia vai aceitar as negociações de paz com a Ucrânia, nos termos de Kiev.
Encontro entre Putin e presidente do Irão "é muito preocupante" para os Estados Unidos
A comentadora da CNN Portugal Sónia Sénica analisa o encontro entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o seu homólogo iraniano, Ebrahim Raisi, em Moscovo, e que ficou marcado pelas acusações de genocídio a Israel por parte do presidente do Irão.
Ucrânia repele mais de 50 ataques em 24 horas em Avdiivka e Bakhmut
O exército da Rússia continua a aumentar a pressão sobre as linhas da frente leste, em Avdiivka e Bakhmut, onde nas últimas 24 horas as forças da Ucrânia dizem ter repelido mais de 50 ataques.
“As tropas ucranianas continuam a manter afastado o inimigo, que continua a tentar cercar Avdiivka”, lê-se no comunicado do Estado-Maior de Kiev, que dá conta de 30 ataques repelidos pela Ucrânia na quinta-feira na localidade próxima da cidade ocupada de Donetsk, que se tornou uma prioridade para a Rússia.
De acordo com o exército ucraniano, a Rússia perdeu milhares de homens e uma grande quantidade de equipamento militar nas vagas de ataques que tem vindo a lançar contra Avdiivka desde 10 de outubro.
Apesar do elevado número de baixas, os russos não obtiveram ganhos substanciais na zona, afirmaram.
No que diz respeito a Bakhmut, o relatório de guerra de Kiev informou que repeliu 24 ataques russos no sul da cidade ocupada pelos russos.
“As Forças Armadas ucranianas (…) infligiram perdas em pessoal e equipamento ao inimigo e consolidaram as suas posições”, afirma-se no relatório ucraniano, referindo-se às ações ofensivas que Kiev continua a levar a cabo na zona de Bakhmut.
Um civil morto e quatro feridos após ataque com mísseis russos em Dnipropetrovsk
Um ataque com mísseis russos matou um civil e feriu outros quatro na região central de Dnipropetrovsk, na Ucrânia, avançou governador da região, Serhiy Lysak.
“Infelizmente, uma pessoa morreu e quatro pessoas ficaram feridas. Eles estão todos no hospital. Duas pessoas estão em estado grave”, disse Lysak, numa mensagem divulgada no Telegram.
Ucrânia pede à população para economizar consumo de energia após bombardeamento russo contra central elétrica
O governo ucraniano pediu à população para que economize o consumo de energia após um bombardeamento russo que atingiu uma central elétrica perto da linha da frente, sem adiantar qual.
"Esta tarde, o inimigo atacou uma das centrais elétricas na zona da linha da frente. O equipamento ficou seriamente danificado como resultado do bombardeamento", informou o Ministério da Energia, citado pelo The Guardian.
Sem adiantar qual a central que foi afetada, o ministério disse que duas das unidades de energia pararam de funcionar, levando a uma "falta temporária de eletricidade".
“O Ministério da Energia apela aos consumidores para que apoiem os engenheiros de energia, consumindo eletricidade de forma razoável e económica, especialmente durante os horários de pico de carga”, acrescentou.
Ataque russo com mísseis em Kharkiv causou um ferido
A cidade de Kharkiv, no leste da Ucrânia, foi atingida por vários mísseis russos, anunciaram esta madrugada as autoridades locais, indicando que pelo menos uma pessoa ficou ferida.
"Os ocupantes atingiram Kharkiv seis vezes", escreveu na plataforma de mensagens Telegram o chefe da administração militar regional, Oleg Synegubov, referindo que uma pessoa ferida tinha sido tratada no local.
Os distritos de Kholodnohirskyi e Shevchenkivskyi foram atingidos, acrescentou, notando que, de acordo com as informações iniciais, os projéteis eram mísseis S-300.
Synegubov disse também que os edifícios residenciais tinham sofrido danos.
Além disso, uma mina de carvão em Toretsk, a norte de Donetsk (leste), foi atacada na tarde de quinta-feira, de acordo com o Ministério da Energia ucraniano.
Uma pessoa que trabalhava no local ficou ferida e foi levada para o hospital, segundo o ministério, que referiu "danos significativos".
"Um sistema global injusto". Encontro entre Putin e Ebrahim Raisi preocupa os EUA
Neste tempo de estranhas danças diplomáticas, Vladimir Putin recebeu em Moscovo o presidente do Irão. Trata-se afinal do principal aliado do Kremlin na guerra na Ucrânia.
Para os Estados Unidos, encontros como estes devem deixar o mundo preocupado. A visita do presidente do Irão a Moscovo fica marcada pelas acusações de genocídio a Israel por Ebrahim Raisi. O encontro serviu também para Putin consolidar a aliança com a república islâmica, que muitos benefícios lhe tem trazido na invasão da Ucrânia.
“Se precisarmos de conquistar Lisboa para garantir segurança, vamos fazê-lo”: capital portuguesa volta a ser visada por comentadores russos
A capital portuguesa voltou a ser tema de debate entre comentadores russos num dos canais soviéticos.
Um dos intervenientes começa por afirmar: “Eles [o Ocidente] sabem perfeitamente que não iremos invadir Lisboa. Mas, porque não?”.
O mais surpreendente surge a seguir: “Esperem um minuto, não estou a brincar. O presidente da Federação Russa disse que não é por causa do território, é sobre garantir segurança. Se precisarmos de conquistar Lisboa para garantir segurança, vamos fazê-lo”, responde o outro membro de painel, antes do fim do vídeo partilhado pelo ucraniano Gerashchenko.
Attention, Portugal!
— Anton Gerashchenko (@Gerashchenko_en) December 7, 2023
"If we need to take Lisbon to ensure security, we'll do it" - Russian propagandist Solovyev.
Taking Lisbon has become one of his favorite topics recently. pic.twitter.com/JcOBgt63VE
“Atenção, Portugal!”: o aviso foi feito por Anton Yuriovich Gerashchenko, conselheiro oficial e anterior vice-ministro do Ministério da Administração Interna da Ucrânia, que traduziu e legendou os diálogos dos comentadores russos.
Gerashchenko lembra ainda que “invadir Lisboa tem se tornado um dos tópicos favoritos recentemente”.
“[Ucranianos] sabem que se pararem de lutar, então o país está acabado”: ministra dos Negócios Estrangeiros dos Países Baixos encontra-se com Zelensky
Volodymyr Zelensky encontrou-se, esta quinta-feira, com a ministra dos Negócios Estrangeiros dos Países Baixos. Hanke Bruins Slot lembra que se a Ucrânia “para de combater, a Rússia ganha a guerra e vai ocupar toda a Ucrânia”.
“[Os ucranianos] sabem que se pararem de lutar, então o país está acabado”, disse Hanke Bruins Slot.
Ucrânia avança com confirmação oficial: cerca de 20 mil crianças foram deportadas pela Rússia
O comissário para os Direitos Humanos do Parlamento da Ucrânia anunciou que o número oficial de crianças deportadas pela Rússia desde o início da “operação militar especial” de Putin é superior a 19.540 menores.
De acordo com o The Guardian, numa conferência de imprensa realizada em Kiev, Dmytro Lubinets realçou que esta é uma situação que continua a ocorrer: “A Federação Russa continua a deportar mais e mais grupos de crianças ucranianas do nosso Estado todos os dias”.
Em março, o Tribunal Penal Internacional de Haia emitiu mandados de captura por suspeitas de reportação forçada de crianças contra o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e a comissária russa para os Direitos da Criança, Maria Alekseyevna Lvova-Belova.
Cartazes de apoio a Alexei Navalny em cidades russas
De olhos nas eleições, apoiantes de Navalny colocam cartazes em várias cidades russas
Os apoiantes de Alexei Navalny colocaram vários cartazes em cidades russas, com um QR Code que vai dar a uma página da campanha do opositor de Vladimir Putin.
No dia em que se ficaram a saber mais detalhes das próximas eleições, os cartazes também exibiam as palavras “Rússia” e “Bom Ano Novo”.
Neste momento Alexei Navalny, que está detido e condenado a vários anos de prisão, pede que se vote em qualquer candidato que não o presidente. “Putin vê esta eleição como um referendo à aprovação dos seus atos. Um referendo à aprovação da guerra”, disse, pedindo que se “rompam” esses planos no próximo dia 17 de março.
