União Europeia é "mais importante do que nunca" em "momento negro" do mundo, defende Guterres

Agência Lusa , AM
20 mar, 12:33
António Guterres (Associated Press)

Secretário-geral das Nações Unidas exigiu ainda o fim da “punição coletiva” de palestinianos

O secretário-geral das Nações Unidas defendeu que o papel da Europa é “mais importante do que nunca” face a um “momento particularmente negro” em todo o planeta, exigindo o fim da “punição coletiva” de palestinianos.

“Encontramo-nos num momento particularmente negro, onde o papel da Europa no palco global é mais importante do que nunca. Na Ucrânia, a invasão russa, há dois anos, desencadeou sofrimento terrível, ainda está a causá-lo, aumentando tensões globais”, disse o português António Guterres, em conferência de imprensa conjunta com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em Bruxelas.

António Guterres revalidou o apelo a Israel para um cessar-fogo imediato – que instantes antes tinha sido feito pela presidente do executivo comunitário -, que possibilite o acesso de ajuda humanitária sem impedimentos à Faixa de Gaza e à população palestiniana, assim como a libertação dos restantes reféns raptados pelo movimento islamita Hamas.

O secretário-geral das Nações Unidas criticou novamente a maneira como Telavive está a levar a cabo a intervenção militar no enclave palestiniano: “Nada justifica a punição coletiva da população palestiniana”.

“Mais de um milhão de pessoas estão a sofrer, a fome é catastrófica, de acordo com uma quantificação científica recentemente divulgada”, acrescentou.

“É preciso agir agora, antes que seja demasiado tarde”, finalizou o antigo primeiro-ministro de Portugal.

A guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Em retaliação, Israel tem bombardeado a Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local liderado pelo Hamas, já foram mortas mais de 31 mil pessoas, maioritariamente civis.

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