TAP: Chega pede levantamento de reuniões preparatórias da bancada do PS

Agência Lusa , AM
20 abr 2023, 13:44
V Convenção Nacional do Chega (Lusa)

André Ventura disse que pediu também um "controlo o mais apertado possível para que situações como esta não se voltem a repetir", mas, de acordo com o líder do Chega, Augusto Santos Silva entendeu que "não pode nem deve tomar nenhuma ação subsequente nesta matéria"

O Chega anunciou esta quinta-feira que vai propor à conferência de líderes um levantamento das reuniões preparatórias entre a bancada do PS e o Governo com outras entidades além da TAP, após reunião com o presidente do parlamento.

"O Chega informou que apresentará na próxima conferência de líderes um requerimento para que, em nome do parlamento, o presidente da Assembleia peça estes esclarecimentos ao Governo e ao Tribunal de Contas, à Provedora de Justiça, ao diretor do SEF, à entidade que gere a execução do PRR e à Autoridade da Concorrência", afirmou o presidente do Chega aos jornalistas no final de uma reunião com o presidente da Assembleia da República, solicitada pelo partido.

O Chega quer saber se existiram, desde o início da legislatura, “reuniões preparatórias antes de audições parlamentares de escrutínio entre membros do Governo, o PS e deputados que estariam nessas comissões", se houve "preparação e condicionamento de testemunhos, depoimentos e prestação de contas no parlamento" e se participaram outros partidos.

André Ventura disse que pediu também um "controlo o mais apertado possível para que situações como esta não se voltem a repetir", mas, de acordo com o líder do Chega, Augusto Santos Silva entendeu que "não pode nem deve tomar nenhuma ação subsequente nesta matéria".

O presidente e deputado do Chega considerou que reuniões preparatórias com partidos em véspera de audições no parlamento “atentam contra o papel do parlamento, atentam contra a objetividade do escrutínio e contra a isenção dessas entidades”.

Sobre a visita do presidente do Brasil a Portugal, Ventura reiterou que o Chega irá manifestar-se contra, dentro e fora do parlamento.

O deputado disse que está "a colaborar inteiramente com as autoridades no ponto de vista da organização da enorme manifestação que decorrerá às portas do parlamento nesse dia, como com a identificação de possíveis agitadores, infiltrados ou pessoas que venham para provocar os ânimos e desacatos", e salientou que espera um "protesto firme, mas pacífico, ordeiro, sem violência e dentro das regras da democracia e da lei".

Nesta reunião, foram abordadas também, de acordo com Ventura, as “situações de maior conflitualidade que têm existido no debate parlamentar”, com o caso mais recente que envolveu a vice-presidente do parlamento Edite Estrela e deputados do Chega, condenado por Augusto Santos Silva.

André Ventura considerou que existem "excessos de todas as partes", que os deputados do Chega são “muitas vezes provocados”, e defendeu que existiu “uma interrupção inadmissível” de Edite Estrela da intervenção do deputado Pedro Frazão.

O presidente do Chega garantiu que da parte do seu partido “não há interesse em provocar ou escalar conflitualidade", deixando o "compromisso, assim os outros mantenham também, de serenar o debate parlamentar que se quer vivo, que se quer forte, mas não pode entrar em níveis inaceitáveis".

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