Costa força ANA a obras no aeroporto de Lisboa antes da demissão

ECO - Parceiro CNN Portugal , Salomé Pinto e André Veríssimo com Lusa
5 dez 2023, 17:39
António Costa (José Sena Goulão/Lusa)

Governo vai aprovar esta quinta-feira "a resolução que imporá a execução imediata das obras que estão em falta no conjunto das obrigações" da ANA, anunciou o primeiro-ministro

O Governo vai aprovar, no Conselho de Ministros desta quinta-feira, uma resolução que irá forçar a concessionária ANA a realização das obras necessárias para descongestionar o Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, anunciou esta terça-feira o primeiro-ministro, António Costa, na sessão de encerramento da apresentação do relatório preliminar sobre a expansão da capacidade aeroportuária da região de Lisboa, que se realizou no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC).

Será das últimas ações do atual Executivo em plenas funções, já que no dia do Conselho de Ministros, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, publica o decreto de demissão do Governo que, no dia seguinte, sexta-feira, ficará em modo de gestão, ou seja, com poderes limitados.

“No próximo Conselho de Ministros, o Governo aprovará a resolução que imporá a execução imediata das obras que estão em falta no conjunto das obrigações da ANA”, afirmou António Costa.

ANA garante obras

A ANA garantiu que vai fazer as obras que o Estado entender necessárias no Aeroporto Humberto Delgado e manifestou preocupação por ausência de solução de curto prazo no relatório da comissão técnica do novo aeroporto.

"No Aeroporto Humberto Delgado, a ANA vai continuar a realizar obras necessárias para o seu bom funcionamento, assim como as obras que o concedente entender necessárias", garantiu a gestora aeroportuária, em comunicado enviado à agência Lusa.

Na mesma nota, a ANA - Aeroportos de Portugal expressou "a sua preocupação pela ausência de uma solução de curto prazo" no relatório hoje divulgado, "perante as atuais necessidades do país".

A ANA manifestou-se ainda disponível para ficar "à disposição do Estado Português para partilhar o seu conhecimento das problemáticas complexas deste setor e implementar a solução que será objeto da sua decisão".

A gestora aeroportuária da multinacional Vinci considerou também que a CTI "assumiu uma orientação, dando uma resposta a uma visão idealista de longo prazo, sem conseguir responder às problemáticas reais e pragmáticas do curto e médio prazo fundamentais para o país".

A ANA foi ouvida durante os trabalhos da comissão, mas lamentou que tal não tenha acontecido na qualidade de especialista do setor.

"Ficaram assim sem qualquer referência várias observações transmitidas à comissão nas matérias económicas, comerciais, operacionais e técnicas", sublinhou.

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