Funcionários de arquidiocese na Alemanha usaram computadores do trabalho para pesquisar sites pornográficos

18 ago 2023, 19:21
Catedral da Colónia, Alemanha (AP Photo/Martin Meissner, File)

Este é mais um episódio a envolver aquela que é a maior arquidiocese da Alemanha

Os funcionários da Arquidiocese de Colónia, na Alemanha, utilizaram computadores da organização para pesquisar sites com conteúdos pornográficos, avança o jornal alemão Kölner Stadt-Anzeiger.

A descoberta surge na sequência de uma verificação de segurança das tecnologias de informação promovida pela arquidiocese, que concluiu que pelo menos 15 funcionários tentaram fazer mais de 1.000 pesquisas por sites com conteúdos pornográficos. Entre os funcionários identificados, conta-se pelo menos um membro sénior do Clero, confirmou a arquidiocese ao jornal.

Para já, ainda não foi feita qualquer avaliação sobre "o conteúdo específico por trás dos links URLS" em questão, mas, de acordo com a arquidiocese, "não há indicação de conduta criminal relevante".

Citado pela BBC, o arcebispo Rainer Maria Woelki disse estar "desiludido" com os funcionários da arquidiocese e adiantou que vai ordenar a abertura de uma investigação aos nomes identificados, até porque não quer que "todos [os funcionários] sejam alvo de uma suspeita geral".

Guido Assmann, vigário-geral da Colónia, garantiu que a organização está "muito atenta" ao problema, mas salientou o facto de os sistemas de seguranças estarem a funcionar de forma "eficaz".

Este é mais um episódio a envolver aquela que é a maior arquidiocese da Alemanha. Ainda em 2021, uma investigação à organização concluiu que, entre 1975 e 2018, mais de 300 pessoas foram vítimas de abusos por parte de mais de 200 membros daquela arquidiocese. A maioria das vítimas tinha menos de 14 anos na altura dos abusos.

No passado mês de junho, a polícia entrou na propriedade da arquidiocese no âmbito de uma investigação ao arcebispo Rainer Maria Woelki, acusado de cometer perjúrio numa outra investigação sobre abusos cometidos por Winfried Pilz, um padre que dirigia uma instituição de caridade para crianças e que morreu em 2019. 

Confrontada com esta questão, a arquidiocese remeteu conclusões para a justiça, afirmando apenas que as acusações contra o arcebispo Rainer Maria Woelki têm de ser comprovadas ou refutadas.

No ano passado, de acordo com a BBC, Rainer Maria Woelki manifestou disponibilidade para renunciar ao cargo. Até hoje, o Vaticano ainda não decidiu se aceita a renúncia ou não.

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