O CEO da ANA tem um sonho (entretanto está a testar um novo processo de controlo de fronteiras no terminal 2 do aeroporto de Lisboa)

20 jun 2023, 15:11
Thierry Ligonnière, CEO da ANA

Revelações feitas na CNN Portugal Summit. E são revelações que mexem com a experiência de quem viaja de avião a partir deste aeroporto

O presidente executivo da ANA Aeroportos de Portugal, Thierry Ligonnière, afirmou esta terça-feira que é possível aguentar mais 12 anos de aeroporto da Portela, sugeridos pelo ministro João Galamba, com melhorias na capacidade operacional do espaço, com a melhor gestão do espaço aéreo e com a utilização de tecnologia biométrica.

"No terminal 2 estamos a testar com a Ryanair um processo que permite fazer o controlo de fronteiras na porta de embarque, onde misturamos os passageiros Schengen e não Schengen. Cada segundo que ganhamos aumenta a qualidade de serviço e permite um processamento de um maior fluxo de processamento", explica. 

Para isso, o gestor acredita que é necessário utilizar "os meios móveis" com um sistema utilizado por passageiros que englobe um registo biométrico móvel, onde é possível adicionar os dados de embarque e uma fotografia. Depois, através do reconhecimento facial, o passageiro pode ter uma experiência de passagem "sem barreiras e constrangimentos" nos controlos de segurança e fronteiras. "Esse é o nosso sonho, fazer isto a uma escala industrial."

Numa conversa intitulada "os aeroportos do futuro", Ligonnière destaca também a importância da redução da pegada ecológica nos aeroportos do futuro e que esse deve ser um dos critérios que influência a escolha de uma nova localização para a construção deste tipo de infraestruturas. 

"Há vários critérios para a escolha de uma solução aeroportuária. Um dos critérios é o afastamento dos centros urbanos. O afastamento tem vantagens em termos ambientais, mas tem desvantagens em termos de competitividade económica", refere, acrescentando que o aeroporto de Lisboa tem precisamente a vantagem de estar próximo do centro urbano, o que em si reduz a pegada ecológica dos cidadãos, que demoram menos a deslocar-se.

Mas há coisas que já estão a ser feitas para a redução da pegada e o presidente da ANA garante que "é preciso fazer esse caminho". De investimentos em sistemas de climatização à utilização de luzes para sistemas de LED, muitas iniciativas estão a ser tomadas para reduzir esta pegada ambiental. "Já reduzimos 40% o consumo de água e sete dos nossos aeroportos não utilizam produtos fitossanitários", garante. "Nos últimos anos conseguimos a certificação mais elevada de carbono para os aeroportos. Portugal é o país mais avançado em termos de pegada ambiental dos seus aeroportos."

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