O arquipélago dos Açores teve destaque na edição deste ano da BTL - Bolsa de Turismo de Lisboa.

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7 mar, 11:13

Os Açores são o primeiro arquipélago do mundo a receber a distinção de “Destino Turístico Sustentável’’. O dinamismo turístico e a infinita beleza destas nove ilhas vulcânicas, conferem-lhes o selo de sustentabilidade e esse é um dos fatores que dá notoriedade acrescida ao arquipélago, que tem visto crescer o turismo nos últimos anos. Lagoas, vulcões, fajãs ou cascatas compõem este cenário idílico, tendo em conta a crescente procura por um turismo sustentável, não massificado e de experiências imersivas em contacto com a natureza, reconhecido pelo Global Sustainable Tourism Council (GSTC), sendo a primeira região do país e o único arquipélago do mundo a consegui-lo.

"Em 2023, batemos todos os recordes nos números do turismo". Berta Cabral, Secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, deu início à conferência CNN Talks, "Turismo dos Açores, perspetivas e desafios", com uma certeza sobre o setor turístico nos Açores: é uma área em franco crescimento, e tem sido especialmente notório nos últimos anos. A conversa, moderada por Anselmo Crespo, contou ainda com a presença de Teresa Gonçalves, Presidente SATA, e de Luis Capdeville, CEO Visit Azores.

Entre a sustentabilidade e os recordes turísticos, o Governo açoriano defende que “o turismo só é bom para os Açores se for bom para os açorianos”. Berta Cabral defende que este não é um setor que deva ser potenciado a todo o custo e deve ser procurado um turismo com respeito pelos ativos naturais dos Açores. A importância que a população local e as entidades governamentais regionais atribuem à preservação da Natureza tal como ela é, requer rigor para manter a sua essência. A Secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas lembrou que, "ninguém sobe ao Pico sem dar nota que vai subir" e o mesmo está a acontecer com outros espaços naturais dos Açores. "Procuramos que não exista uma grande sobrecarga em relação aos pontos de visita mais procurados. Somos um destino turístico sustentável em franco crescimento, que oferece a quem nos visita não apenas a natureza propriamente dita como também a natureza humana. A nossa grande ambição é que os Açores sejam, cada vez mais, uma referência do turismo de natureza, primando pela excelência das experiências em terra e no mar, mas também na valorização da nossa natureza humana, ou seja da nossa identidade”, adiantou.

Estratégia reconhecida internacionalmente e com resultados surpreendentes: “Superámos os melhores registos de desempenho, fomos eleitos como o “Melhor Destino de Turismo de Aventura do Mundo” e conseguimos o “Nível IV Prata” na certificação como “Destino Sustentável”. Além disso, 2023 marcou a entrada em vigor do nosso novo Plano Estratégico e de Marketing para o Turismo dos Açores 2030, que nos dá uma perspectiva fresca para o desenvolvimento turístico e uma nova força competitiva para os próximos anos”, realçou. A Secretária Regional referiu-se, ainda, à primeira Rede Integrada de Actividades de Natureza e Aventura, adiantando que está já em preparação a implementação de novas rotas pedestres que levarão os visitantes a mais locais das ilhas açorianas.

 

A contínua aposta no mercado nacional é o principal mercado emissor dos Açores, mas a ambição estende-se a outros mercados da Europa, Estados Unidos da América e Canadá, por forma a desenvolver ainda mais o sector turístico. Quase metade dos turistas que chegam ao Arquipélago são portugueses e o seu peso até já foi mais significativo. A nível internacional, o maior mercado é o americano colado ao alemão e o canadiano está em franca expansão. Além destes, os mercados emissores do Reino Unido, França e Espanha também são importantes. Bem como alguns mais pequenos, como o suíço, cujos turistas já podem chegar aos Açores com ligações diretas. "Transportámos 2,4 milhões de passageiros em 2023 no grupo todo, que é um crescimento de 40% face a 2019, que foi o grande ano da aviação. A SATA conseguiu consolidar as rotas que tem no mercado”, afirma Teresa Gonçalves, presidente da SATA. “Em Faro aproveitamos as ligações com a América do Norte”, declara, e garante que a procura foi acima do esperado. "A SATA precisa de crescer, de ganhar uma nova dimensão para acompanhar a procura que se verifica hoje em dia pelo turismo dos Açores" afirma.


A acessibilidade ajudou os Açores a ganhar notoriedade internacional, mas as suas paisagens, cultura e gastronomia únicas, e a oferta de uma enorme diversidade de atividades em terra e no mar, para todo o tipo de turistas, reforçou a sua atratividade. Luís Capdeville, CEO da Visit Azores, destacou o assinalável crescimento do turismo nos Açores, declarando que, "no verão, temos agora uma procura a níveis a que nunca tínhamos assistido". São cada vez mais as iniciativas que se realizam um pouco por todo o arquipélago e que evidenciam a natureza no seu estado mais selvagem. Mas as nove ilhas que se amontoam no meio do Atlântico da região autónoma dos Açores localizada a cerca de mil milhas [1.600 quilómetros] do continente português, ambicionam quebrar a tendência de uma procura sazonal. Ter turismo todo o ano em todas as ilhas é uma missão definida com convicção e que representa progresso e prosperidade em toda a Região. “A aposta, atualmente, é ampliar a estada média no arquipélago, que se situa em 3.5 dias, procurando que o visitante conheça cada uma das 9 ilhas” refere o CEO da Visit Azores.


Sabendo que os Açores são especialmente procurados por apaixonados por turismo de aventura e natureza, Luís Capdeville explicou que a comunicação do arquipélago está a ser desenvolvida no sentido de apresentar os vários produtos turísticos disponíveis nos Açores, como é o caso da vela, birdwatching, cycling, entre outras experiências que o remoto arquipélago português pode proporcionar. Cada ilha tem um caráter distinto e “em todas há ainda uma grande margem para crescer e que em nenhuma delas há qualquer indício de massificação ou insustentabilidade turística”, concluiu a Secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, manifestando-se confiante relativamente a 2024.