Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa abriu canal para receber denúncias de assédio e discriminação e em 11 dias recebeu 50 queixas relativas a 10% dos professores
“A ministra Elvira Fortunato considera preocupante os relatos de assédio que foram recentemente conhecidos no contexto académico”, lê-se num comunicado enviado esta terça-feira pelo gabinete do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
“As instituições de ensino superior são espaços, sem qualquer tipo de discriminação em razão de género, orientação sexual, nacionalidade ou outra, e não devem ser coniventes com as situações que violem esses princípios”, lê-se, adiantando que eventuais denúncias serão remetidas à Inspeção-Geral da Educação e Ciência.
Também esta terça-feira, o Presidente da República disse desconhecer as denúncias, mas defendeu que se deve cumprir e aplicar a lei e Constituição. Marcelo Rebelo de Sousa recordou ainda que, quando foi presidente do conselho diretivo, houve alguns "casos de indisciplina".
Recorde-se que a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa abriu um canal para receber denúncias de assédio e discriminação e em 11 dias recebeu 50 queixas relativas a 10% dos professores, noticiou esta segunda-feira o Diário de Notícias.
Sete dos 31 professores alvo de queixa concentram mais de metade dos relatos. A associação académica fala num “sentimento de impunidade” e em “clima de medo”.