Nacional-V. Setúbal, 1-1 (crónica)

27 out 2002, 20:34

Guarda-redes sadino fez a diferença O Nacional fica a dever a si próprio os dois pontos cedidos diante do V. Setúbal. Foi a equipa que mais e melhor jogou, mas não foi capaz de bater o inspirado Marco Tábuas.

O V. Setúbal voltou ao Funchal poucas semanas depois de ali ter goleado o Marítimo (5-0), mas desta vez exibiu-se de forma mais frouxa. Foi essencialmente uma equipa tacticamente rigorosa e virada essencialmente para a defesa, procurando segurar a vantagem cedo conquistada, na única ocasião de golo criada ¿ Jorginho foi por ali abaixo e assistiu na hora certa Meyong, para o camaronês facturar.

José Peseiro manteve a mesma equipa que tinha perdido na jornada anterior em Moreira de Cónegos, mas desta vez com Tonanha encostado à direita e Gouveia mais adiantado (ao lado de Alvarez) no apoio a Serginho, o único avançado de raiz. Na equipa de Luís Campos, a novidade era Carlos a fazer dupla com Hugo Costa no eixo da defesa, devido ao castigo de Hugo Alcântara. No mais, uma equipa fechada, com dois trincos à frente da defesa e Jorginho no apoio directo a Meyong.

Como se disse, os visitantes entraram melhor, mas a reacção do Nacional foi pronta, com diversas iniciativas nas imediações da área contrária. Mas as intervenções de Tábuas e a falta de acerto dos madeirenses na conclusão foram adiando o golo do empate. Faltaram também melhores ideias e profundidade ao futebol da equipa da casa, perante uma defesa muito coesa e que raramente concedeu espaços. Alvarez e Tonanha foram os mais inconformados, acabando por surpreender a saída deste ao intervalo.

Tábuas brilha

A verdade é que a entrada de Adriano, no início da segunda parte, permitiu alargar a frente de ataque e o golo não tardou. Grande jogada de Alvarez, que driblou dois adversários e deu para trás para o remate colocado de Adriano, o tal reforço que veio do Palmeiras e que custou 1 milhão de euros (por metade do passe, registe-se). O Nacional caiu em cima do Vitória e foi à procura do golo que lhe daria os três pontos e a ultrapassagem ao adversário na classificação, mas não teve competência para bater o guarda-redes adversário.

Marco Tábuas negou o golo duas vezes seguidas a Gouveia (minuto 67) e no último minuto a Adriano, tornando-se assim numa figura decisiva. José Peseiro ainda lançou Rómulo para fazer pressão junto dos defesas sadinos, mas sem efeito, visto que o resultado não se alterou.

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