Peixe-espada-preto é rei e senhor na Madeira com vendas a superar os sete milhões de euros
É na baía de Câmara de Lobos, a preferida de Wiston Churchill, que se celebra por estes dias o peixe-espada-preto. Nesta festa gastronómica, que acontece há 31 anos, há espaço para a representação da vida das famílias dos homens que partiam para o mar, à pesca daquele que é um dos pilares da gastronomia da Madeira. E assim como existem mil e uma formas de cozinha bacalhau, existem outras tantas de cozinhar peixe espada preto. O chefe Amândio Gonçalves, presente nesta festa para ensinar a cozinhar este peixe, lembra que este “é um peixe particular, é o ex-libris aqui da Madeira” e garante que é a pele preta que lhe confere “um sabor inigualável.”
Neste festival gastronómico, é possível encontrar aqueles que chegam de outros países, propositadamente para experimentar pela primeira vez este peixe e, também, os filhos da terra que, como a Maria Pestana, recordam os tempos de infância: “Comíamos sandes de espada ao pequeno-almoço, espada em rolo ao almoço, comíamos com milho, semilhas, batatas, salada. Havia sempre peixe-espada-preto, era a tradição.”
Em 2022, a Madeira atingiu o recorde de venda deste espécime. Segundo Miguel Albuquerque, foram vendidos 7,4 milhões de euros de peixe-espada-preto.