Santos Silva reforçou que Portugal está "inteiramente disponível" para receber todos aqueles que queiram fugir da "bárbara agressão russa", incluindo portugueses, luso-ucranianos e seus familiares e amigos
O Conselho Europeu dará, esta quinta-feira, "orientações claras" aos 27 Estados-membros da União Europeia (UE) para avançar com "um novo pacote de sanções contra a Rússia "ainda mais duro, ainda mais forte, ainda com mais impacto no plano económico e financeiro".
A informação foi avançada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, que esta quinta-feira abordou a situação na Ucrânia no Parlamento, classificando-a como uma "barbárie" que deve provocar uma "reação firme da comunidade internacional" do ponto de vista político, económico, da segurança e da defesa.
"Já está marcado para amanhã [sexta-feira], em Bruxelas, um Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros [da UE] para formalizar essa aprovação", acrescentou.
Santos Silva reforçou que Portugal está "inteiramente disponível" para receber todos aqueles que queiram fugir da "bárbara agressão russa", incluindo portugueses, luso-ucranianos e seus familiares e amigos.
"Portugal é e vai ser também a sua casa de acolhimento", salientou.
Temos de estar preparados para "todos os cenários"
O ministro dos Negócios Estrangeiros alertou que os países ocidentais e membros da NATO têm de estar preparados “para todos os cenários”, trabalhando ao mesmo tempo no plano da defesa e no das sanções económicas e financeiras.
“Temos que estar preparados para todos os cenários. Lamento dizê-lo, mas não posso dizer outra coisa: hoje temos que trabalhar com todos os cenários em cima da mesa porque o que acontece é que a ação de [Vladimir] Putin não apenas excede as suas palavras, a ação de Putin em cada momento está a exceder o máximo que prevíamos como possível nessa mesma ação”, sustentou Augusto Santos Silva.
Na reunião da Comissão Permanente da Assembleia da República, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros insistiu na necessidade de trabalhar “ao mesmo tempo em dois pilares”.
“O pilar da nossa própria defesa, que passa pela nossa própria capacidade de dissuasão, e o plano das sanções económicas e financeiras propriamente ditas”, acrescentou.
Santos Silva considerou ainda que “qualquer que seja o objetivo” da ofensiva russa, “ele é ilegítimo, é ilegal e é condenável”.
