Taça da Liga: FC Porto-Gil Vicente, 2-0 (crónica)

André Cruz , Estádio do Dragão, Porto
21 dez 2022, 22:24

FC Porto em modo aceleração

O FC Porto está na «final four» da Taça da Liga e vai defrontar o Académico de Viseu!

Os dragões entraram com tudo e cedo se apanharam a vencer diante do Gil Vicente, graças a Galeno. Mesmo depois de tirarem o pé do acelerador, os azuis e brancos conseguiram escapar em velocidade aos galos e fechar as contas com o 2-0, por Mehdi Taremi.

FILME DO JOGO

«Se vamos preparar um carro para uma próxima pista mais mediática do que a que temos amanhã, corremos o risco de ter um acidente e depois nem esta nem a outra»

Foi desta forma que Sérgio Conceição antecipou o jogo com o Gil Vicente, assumindo que iria apostar no onze mais forte, embora o recomeço do campeonato esteja aí à porta. O treinador do FC Porto cumpriu com o que prometeu e lançou uma equipa muito próxima à ideal, à exceção de um ou outro caso por lesão e das posições de guarda-redes e ponta de lança, ocupadas por Cláudio Ramos e Toni Martínez.

Ora, se isto fosse uma corrida de carros, poderia dizer-se que o FC Porto se colocou na frente logo na primeira curva, ou seja, na primeira oportunidade. O ponteiro ainda batia os 130 segundos quando Galeno rompeu pelo meio a alta velocidade, deixando para trás a linha defensiva dos gilistas, na expectativa de um fora de jogo. O brasileiro aproveitou, então, a via aberta e finalizou de forma certeira na cara de Kritciuk.

O lance ainda foi anulado, depois revisto e prontamente validado.

Os primeiros minutos do FC Porto foram bastante agressivos, com recuperações de bola em zonas adiantadas e uma pressão que não se tinha visto nas etapas iniciais desta Taça da Liga. Os dragões conseguiram complicar as saídas curtas dos gilistas e encontraram na faixa esquerda a melhor opção para acelerar, com Galeno sempre «prego a fundo».

Com vantagem no marcador, o FC Porto baixou o ritmo e os barcelenses ameaçaram uma aproximação, ao equilibrarem a posse de bola e o número de remates. À semelhança do que aconteceu na visita ao Dragão na época passada (quando arrancaram o único ponto da história como visitante na casa dos azuis e brancos), os barcelenses mostraram que sabem o que fazer com a bola e querem tê-la.

De resto, a primeira parte da turma de Daniel Sousa merece uma palavra de elogio. Ao quarto jogo no seu comando, a equipa mostra confiança renovada e deu uma boa réplica, tendo até somado ocasiões para empatar o jogo, mas Cláudio Ramos esteve afinado na baliza.

Na segunda parte, Conceição não queria ver a perda de ritmo que viu na primeira e lançou Evanilson para o lugar de Toni Martínez. Contudo, a nova peça durou pouco tempo. O brasileiro só aguentou 10 minutos em campo e já em esforço, tendo saído com queixas no pé direito, após um choque com um adversário.

O substituto, Pepê, também não teve sorte. Até durou mais alguns minutos na «pista», mas teve de dar lugar a Gonçalo Borges aos 80 minutos, também por dificuldades físicas.

Galeno parecia andar em constante excesso de velocidade, talvez por isso se encostasse à faixa da esquerda. O extremo arrancou o segundo cartão amarelo a Danilo Veiga e, sem lateral-direito de origem, o Gil Vicente viu-se com mais dificuldades.

A 20 minutos do final, ficaram todos à espera do fora de jogo, menos Otávio que correu para a bola, chegou à linha de fundo, levantou a cabeça e serviu Taremi. Processos simples.

A distância no marcador era muita e os gilistas, ainda que tentassem, já não tinham combustível para apanhar o automóvel de Conceição.

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