Há um tomba-gigantes a crescer no Fontelo
O campeonato é outro. Mas isso não se nota.
Depois de ter eliminado Famalicão, Estoril e Tondela na fase de grupos, o Ac. Viseu deixou o Boavista pelo caminho e fez história.
A Taça é outra, mas chamemos à equipa de Jorge Costa o que ela merece: tomba-gigantes.
Pela primeira vez, a equipa viseense apurou-se para a final-four da Taça da Liga e vai agora ficar à espera do FC Porto ou do Gil Vicente na meia-final da prova.
Sem medo pelo rival que tinha pela frente, a equipa de Jorge Costa entrou descomplexada, sustentada também por uma incrível série de 14 jogos sem perder sob comando do antigo defesa internacional português,
Quinze. Agora passam a ser 15 os jogos dos viseenses sem perder. Com 11 vitórias nesse ciclo.
Diante do Boavista, no Fontelo, a equipa da II Liga esteve ligeiramente por cima na primeira parte, ainda que nenhuma das equipas tenha estado particularmente inspirada.
No segundo tempo, o Académico voltou a entrar melhor, ameaçou duas vezes, e à terceira marcou mesmo, por Nduwarugira. Aos 56m, o jogador do Burundi surgiu a encostar para golo após um desvio ao primeiro poste, num livre lateral batido da esquerda.
Petit mexeu imediatamente na equipa, mas seis minutos depois, num contra-ataque muito bem desenhado, Bandeira fez o 2-0 e deixou o apuramento histórico muito bem encaminhado.
A pantera ainda reagiu e deu prova de vida, mas a reação esbarrou nos postes da baliza do Académico. Primeiro foi Bozenik, aos 82m, e depois Yusupha aos 90+3, ambos com pontaria a mais.
No último minuto dos descontos, um forte remate de Onyemaechi acabou mesmo em golo, mas não havia já nada a fazer.
A história está feita. Mas pode ser ainda maior. O bichinho de ganhar está lá. Disso, esta equipa não deixa dúvidas.
