Jorge Roque da Cunha, que está no SIM desde a sua fundação em 1979, assumiu a liderança do sindicato em 2012, cargo que deixa agora, após quatro mandatos.
O XIV Congresso do Sindicato Independente dos Médicos decorre este sábado, em Peniche, e será marcado pela eleição de Nuno Rodrigues como secretário-geral, substituindo no cargo Jorge Roque da Cunha, que liderou o sindicato nos últimos 12 anos.
No congresso, serão eleitos os órgãos sociais do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) para o triénio 2024-2027 e o novo secretário-geral.
Jorge Roque da Cunha, que está no SIM desde a sua fundação em 1979, assumiu a liderança do sindicato em 2012, cargo que deixa agora, após quatro mandatos.
Em entrevista à Lusa, Roque da Cunha disse que sai com a sensação de dever cumprido e a “convicção profunda” de que um cargo de responsabilidade “não é eterno”.
“É uma decisão que foi tomada e tenho a certeza que tal como o meu antecessor entregou o SIM, entre aspas, em melhores condições do que aquele que o recebeu, eu não tenho qualquer dúvida que a herança que deixo aos meus colegas é melhor do que aquela que eu recebi. É esse o nosso papel que é um papel essencial na sociedade”, declarou o dirigente sindical.
Sobre o futuro secretário-geral, o sindicalista disse que é “médico de saúde pública, com muita experiência em termos negociais”, e que “é uma mais-valia para o sindicato”, integrando o Secretariado Nacional desde 2018.
Relativamente ao congresso, adiantou que Nuno Rodrigues, médico na Unidade Local de Saúde (ULS) Oeste, irá apresentar o seu programa que “é de continuidade”.
“Tem algumas coisas novas, não só melhorar a nossa capacidade de comunicação, mas fundamentalmente não perder o foco na nossa capacidade de diálogo, de procura de soluções e de entendimentos” para que os médicos possam ter uma perspetiva de carreira que evite o recurso cada vez maior a prestadores de serviço.
O secretário-geral cessante está convicto de que Nuno Rodrigues, 41 anos, e a sua equipa irá “continuar e melhorar” o trabalho feito.
“Estou convicto que daqui a três anos quando o meu colega Nuno Rodrigues fizer esse balanço estará em melhores condições do que estamos hoje em relação às condições de trabalho dos médicos que é essencial que possa acontecer, porque de outra forma, esta situação é perfeitamente insustentável”, rematou Roque da Cunha à Lusa.